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BNDES financiará projetos da Votorantim

Foram aprovadas duas novas linhas de financiamento na área de biotecnologia


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem (05-07) a aprovação de duas novas linhas de financiamento de pesquisas na área de biotecnologia. As empresas beneficiadas são a Alellyx S.A. e Canavialis S.A., ambas do Grupo Votorantim, com sede em Campinas (SP). O valor total dos financiamentos é de R$ 39,2 milhões. A Alellyx receberá R$ 28,9 milhões, correspondente a 86% do total de seu projeto. Já a Canavialis terá R$ 10,3 milhões, equivalentes a 42% do valor do projeto.

A aprovação dos projetos apresentados pelas empresas, que integram a divisão Votorantim Novos Negócios, subsidiária do Grupo Votorantim, segue a linha de inovação da nova política do BNDES, que se dispõe a apoiar programas que se proponham a desenvolver produtos ou processos inéditos no mercado. Segundo o banco de fomento, esta é a primeira vez que a instituição aprova projetos de biotecnologia com juros reduzidos. Em vez de 6,25% ao ano, fixado para a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), a linha de crédito das empresas do Grupo Votorantim terá um custo de 4,5% ao ano. A linha de inovação do BNDES prevê empréstimos com prazo de pagamento de até 12 anos. A Votorantim, nem o banco de fomento informaram o prazo fixado para a operação.

O diretor-executivo da Votorantim Novos Negócios, Fernando Reinach, disse que o fato de a Alellyx ser dedicada à pesquisa de plantas transgênicas não foi impedimento para a aprovação do pedido de financiamento ao BNDES. Para ele, o fato de a instituição ser oficial não deve ser interpretado como obstáculo à pesquisa. Ao contrário, na sua opinião, o governo Luiz Inácio Lula da Silva é favorável ao desenvolvimento da biotecnologia e das plantas geneticamente modificadas.

O ponto que favoreceu à concessão das linhas de crédito foi a direção dos estudos das duas empresas do Grupo Votorantim. Ela se propõem a desenvolver produtos que permitam a exploração de agricultura em solos pobres, em novas fronteiras. E ainda, no caso da cana-de-açúcar, buscar produtividade por meio de variedades que proporcionem maior teor de sacarose e que tenham menor dependência de água.

Segundo o BNDES, são oito sub-projetos para o combate a pragas, bacterioses e viroses em citros; resistência à seca e aumento do teor de sacarose na cana-de-açúcar e melhoria da qualidade da madeira de eucalipto. Reinach acredita que o tratamento preferencial recebido pelas duas empresas está relacionado aos produtos que merecem maior investimento por elas. Além da cana-de-açúcar, a Alellix se dedica ao estudo genético do eucalipto e da laranja. "São setores em que o Brasil é líder de mercado e existe a preocupação em manter essa posição", declarou o diretor-executivo da Votorantim Novos Negócios.

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