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BofA revisa preço-alvo para ação da Fertilizantes Heringer para R$ 14,50

A notícia deverá ser positiva para as ações da companhia no curto prazo


SÃO PAULO - O Bank of America Merrill Lynch revisou para cima o preço-alvo da ação da Fertilizantes Heringer (FHER3), após a companhia anunciar o recebimento de R$ 79,7 milhões referente ao saldo remanescente do processo de ressarcimento do Imposto de Renda e Contribuição Social, que responde por 15% do seu valor atual de mercado. Além disso, o banco também alterou sua estimativa para o EPS (lucro por ação, na sigla em inglês) da empresa de 4% a 8% em 2012 e 2013, passando para R$ 1,35 e R$ 1,87, respectivamente.

A notícia deverá ser positiva para as ações da companhia no curto prazo, disse o analista Fernando Ferreira. Contudo, ele manteve recomendação neutra para suas ações, diante das preocupações com o cenário do setor de fertilizantes no médio prazo. Este pagamento esta relacionado a uma disputa judicial de créditos tributários federais, sendo que R$ 58 milhões já foi recebido em setembro de 2011, totalizando R$ 130 milhões. Nesse cenário, o preço-alvo do banco passou a ser de R$ 13,00 para R$ 14,50 por ação, configurando um novo potencial de valorização de 29,12% em relação ao fechamento da última sexta-feira (13).

BofA mantém cauteloso com setor em 2012

Após um forte ano em 2011, o BofA está mais cauteloso com o setor este ano. As vendas do fertilizante NPK cresceu 12% no Brasil em 2012, acima da média histórica de 5,5%, contudo, o banco acredita na desaceleração da demanda este ano, de 3% na comparação anual, o que irá normalizar o cenário de demanda. Adicionalmente, ele considera um risco que os preços dos fertilizantes continuem a cair no médio prazo.

Embora o analista não prever um cenário similar ao de 2008 e 2009, os preços de fertilizantes não devem entrar em colapso, principalmente porque os produtores de potássio já começaram a reduzir sua capacidade e a Heringer tem sido mais conservadora nos inventários de construção. Ademais, ele comentou que vê riscos de uma desaceleração dos ganhos devido a sazonalidade do negócio, sendo que 65% das vendas estão projetadas para o segundo semestre deste ano.

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