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Boi gordo: final de ano de pouca oferta

O cenário aponta para um novembro e dezembro de pouco gado de cocho e pouco gado de pasto


Há alguns dias a Assocon (Associação Nacional dos Confinadores) divulgou a pesquisa de intenção de confinamento de outubro de 2008. O resultado: aumento de 1,1%, no volume de gado confinado este ano, na comparação com 2007. Quase nada.

Com quase 550 mil cabeças, a Assocon já representa cerca de 18% a 20% dos bovinos confinados do Brasil. Portanto, é uma amostra bastante significativa.

Interessante que a pesquisa da associação, realizada em março, apontava uma expectativa de aumento de 22% no volume de bovinos confinados em 2008. No mesmo período, uma pesquisa da Scot Consultoria registrava 25% de crescimento provável. Estavam alinhadas.

O que mudou de lá pra cá? Os custos mantiveram-se em alta, a oferta de boi magro diminuiu e as expectativas de preço se arrefeceram. Esse cenário afetou, principalmente, o segundo turno dos confinamentos.

Portanto, ao que tudo indica, houve aumento no volume de gado confinado no primeiro turno, mas o segundo turno deve ser igual ou (muito provavelmente) mais minguado que o do ano passado. Dessa forma, após as vendas de outubro (que já estão ocorrendo), o mercado do boi gordo tende a trabalhar em ambiente de oferta bastante reduzida.

O cenário aponta para um novembro e dezembro de pouco gado de cocho e pouco gado de pasto. Lembrando que as fêmeas, que sempre dão uma força para as indústrias em final de ano, estão voltando a ser retidas, graças à valorização do bezerro.

Os frigoríficos, do lado da oferta, deverão trabalhar pressionados. Na próxima análise trataremos da questão da demanda.

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