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Bovinocultura na ponta do lápis

Criadores de gado de São Paulo buscam alternativas para reduzir o custo de produção


Criadores de gado de São Paulo buscam alternativas para reduzir o custo de produção. Com a alta no preço dos insumos a rentabilidade caiu bastante.

Na fazenda de três mil hectares no município de Araçatuba, região noroeste do Estado, o criador Alexandre Ferreira cria mil animais. Neste ano ele resolveu investir. Ele gastou R$ 400,00 por hectare para adubar o pasto, mas a chuva não veio. Com a estiagem o investimento ficou prejudicado. Com pouco pasto, ele precisa usar mais ação na alimentação do gado. Agora, o criador faz as contas de quanto cada produto usado na suplementação subiu em apenas um ano.

“A polpa cítrica mais que dobrou. O fardo de algodão também subiu 70%. E o núcleo subiu mais de 100%. Então, está complicado conseguir fechar uma fórmula hoje num confinamento com esse preço da arroba do jeito que está”, avaliou Ferreira.

Segundo o Centro de Estudos em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo, em um ano o custo operacional da pecuária subiu 11,9% no Estado. Na conta são calculados os gastos com medicamentos, mão-de-obra, compra de animais, suplementação, adubos, sementes forrageiras entre outros.

O custo cresceu, mas a arroba do boi gordo também subiu no mesmo período. Em setembro do ano passado ela estava sendo negociada por uma média de R$ 64,00. Nesta semana, a arroba está um pouco acima dos R$ 89,00. Houve um crescimento de 40%. Para quem quer economizar nos gastos o segredo pode estar em atitudes simples, tomadas com antecedência.

A propriedade em Birigui produziu silagem com a cana plantada na própria fazenda. Com a pastagem baixa por causa da estiagem, é da lavoura que sai a base da alimentação do gado. Desta forma, a pecuarista Daniela Liranço está economizando com a suplementação.

“Ela diminuiu o custo se for comparada com um sal proteinado ou uma silagem de milho. Mas no confinamento, você deve entrar com outros ingredientes como milho, caroço de algodão, polpa cítrica e um sal específico”, falou Daniela.

Com o dinheiro que vem economizando Daniela tem investido na fazenda. Este ano ela duplicou o confinamento. Comprou 200 animais e hoje engorda 400.

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