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Brasil, Argentina e Paraguai criam área de vigilância

Os países decidiram pela criação de uma área comum em suas fronteiras


Argentina, Brasil e Paraguai decidiram pela criação de uma área de cerca de 15 quilômetros em suas fronteiras comuns na qual será realizada uma "vigilância intensiva" da febre aftosa, informou nesta sexta-feira (09-03) a Organização Internacional sobre a Saúde Animal (OIE).

A esta primeira extensão será acrescentada uma outra - na continuação, também de 15 quilômetros de largura -, onde uma "vigilância intensiva e o controle da doença" serão realizados, afirmou a OIE em comunicado.

Estas áreas ficarão à margem das regiões declaradas oficialmente livres de aftosa por este organismo, o que deve contribuir para resolver a "situação de saúde instável" ao longo da fronteira.

O acordo, fechado na quinta-feira, é conseqüência de uma missão de avaliação que especialistas da OIE em febre aftosa e do laboratório de referência sobre esta epidemia para a América (Panaftosa) fizeram em dezembro.

Os especialistas concluíram que o vírus da aftosa continua circulando na fronteira entre os três países, e, por isso, a OIE aconselhou a implementação de um dispositivo de vigilância sanitária intensiva que cobrisse as regiões limítrofes à linha de demarcação.

O diretor-geral da OIE, Bernard Vallat, disse que as áreas demarcadas estarão sob controle internacional e afirmou que a decisão, que considerou "histórica", "abre caminho para a erradicação da doença na sub-região e para o estabelecimento de uma comissão regional de controle da febre aftosa sob os cuidados da organização".

Após lembrar que uma comissão semelhante, a SEAFMD, funciona com êxito desde 1998 no Sudeste Asiático, Vallat acrescentou que o compromisso entre os três países pode constituir "um incentivo para outras sub-regiões para adotar rapidamente um enfoque regional nas políticas de controle da doença".

Desde o início dos anos 90, a OIE se encarrega de manter atualizadas as listas dos países ou as regiões reconhecidas oficialmente como livres de certas doenças que afetam o gado.

Quatro doenças focam os trabalhos da organização de forma prioritária, entre elas a febre aftosa e a encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como o mal da vaca louca.

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