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Brasil avalia retaliar os EUA por subsídios ao algodão


SÃO PAULO - A Câmara de Comércio Exterior (Camex) está avaliando uma eventual retaliação aos Estados Unidos por conta da interrupção dos pagamentos ao setor de algodão do Brasil, que venceu um contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios aos produtores norte-americanos da pluma.


A Camex determinou a um grupo técnico de retaliação avaliar até o dia 30 de novembro eventuais medidas a serem tomadas em relação aos Estados Unidos.

"A decisão dos ministros deveu-se ao fato de os Estados Unidos terem interrompido o pagamento que vinha sendo feito ao Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), desde 2010, como parte do acordo temporário com o Brasil para a suspensão da retaliação autorizada pela OMC".

Os pagamentos mensais vinham sendo feitos desde 2010. Eles deveriam ser realizados até a promulgação de uma nova lei agrícola norte-americana que seja considerada adequada pelo Brasil no que diz respeito aos subsídios dos EUA.

"Simplesmente pagaram a menor e não falaram nada", disse à Reuters o presidente do IBA, Haroldo Cunha, explicando que os norte-americanos deveriam pagar cerca de 12,2 milhões de dólares por mês, e realizaram o pagamento de apenas 4,7 milhões de dólares em setembro.


De acordo com a decisão da OMC, favorável ao Brasil que questionou subsídios norte-americanos, o Brasil tem direito a retaliar os EUA pelo não cumprimento do acordo.

"Quando ela for promulgada, o governo brasileiro vai analisar. A promulgação da lei encerra o acordo, mas não o caso", disse Cunha.

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