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Brasil avança no desenvolvimento de método de análise sensorial do café solúvel

A Abics quer definir atributos que identifiquem os sabores encontrados


Foto: Pixabay

A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) retomou as sessões de cupping para calibragem de profissionais que contribuem para a definição do protocolo que estruturará a metodologia de análise sensorial do produto.
 
"O objetivo dos trabalhos é concluir quais são as intensidades dos atributos que integrarão essa inédita metodologia global para chegarmos até os ajustes finais. Com essa definição, os cafés solúveis passarão a ser classificados pela expressividade de suas características, independentemente da categoria”, explica a cafeóloga e consultora da Abics, Eliana Relvas.
 
Um grupo de especialistas trabalha no projeto desde 2020 e inclui as indústrias de café solúvel Cacique, Iguaçu, Realcafé, Nestlé, Cocam e Olam e as indústrias de torrefação JDE, Melitta, 3Corações, Native, além do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), da Abics e do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé-SP).
 
O diretor de Relações Institucionais da Associação, Aguinaldo Lima, revela que essa iniciativa se deu mediante a ausência de um protocolo comum e global para análise sensorial e pela necessidade de estabelecer critérios de avaliação dos atributos intrínsecos e naturais da diversidade de bebidas que hoje o café solúvel possibilita.
 
“Com o constante aumento do consumo mundial e o expressivo crescimento no mercado brasileiro, o conhecimento sobre o produto, suas características e diversidade de preparo se tornaram uma necessidade para manter esse avanço e é dever da Abics investir no fomento desse maior entendimento para promover e divulgar o café solúvel", afirma.
 
Até o momento, conforme o presidente da Associação, Fábio Sato, que esteve presente no cupping, vem sendo obtido um maior aprendizado dos atributos dos diversos tipos do produto, com os trabalhos norteados por uma ampla classificação de categorias de qualidade e métodos de preparo, que são essenciais para proporcionar maior entendimento aos profissionais do setor e ao público consumidor do Brasil e do mundo.
 
"A conclusão dos trabalhos para a criação dessa inédita metodologia de análise sensorial para os cafés solúveis gerará referências até então existentes, mas não padronizadas, uma vez que cada indústria possui seus próprios procedimentos”, conclui Sato.

Há 40 anos o Brasil é líder mundial na produção de café solúvel, com representatividade de 37% do mercado global. As exportações brasileiras deste tipo de bebida somaram 310.730 sacas de 60 kg em outubro de 2021, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics). O volume é 1,6% na comparação com as 305.787 sacas do mesmo mês do ano passado.

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