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Brasil deve comandar controle à aftosa na América do Sul

Hoje, a vulnerabilidade das fronteiras ameaça o esforço de combate à doença


Para assegurar e expandir os mercados para carne bovina, "o Brasil precisa liderar o processo de erradicação da aftosa na América do Sul, tendo em vista a quantidade e a qualidade de seu rebanho bovino. Para tanto, deve, inclusive, financiar os países vizinhos, se quiser conquistar o status de área livre sem vacinação. E o primeiro passo é promover uma harmonização de ações, o que facilitaria o entendimento dos produtores". A manifestação parte de um dos maiores especialistas em Sanidade Animal no Brasil, o médico-veterinário Altino Rodrigues Neto, diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e presidente do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa). Hoje, a vulnerabilidade das fronteiras ameaça o esforço de combate à doença internamente.

Convidado a comandar os trabalhos do Fonesa durante o segundo dia de realização do II Congresso Internacional do Boi de Capim, que acontecerá em Salvador (BA) entre os dias 25 a 27 de julho, Altino Rodrigues Neto adianta que o País também necessita intensificar a vigilância sobre a encefalopatia espongiforme bovina (doença-da-vaca louca), além de implementar os programas de controle e prevenção da brucelose, tuberculose e raiva dos herbívoros. "A febre aftosa está praticamente erradicada, devendo ter um plano de contingenciamento. E o Ministério da Agricultura (Mapa) tem possibilidade de evoluir com o programa de erradicação, criando indicadores que permitam a retirada da vacinação nos próximos três anos", diz o especialista.

Internamente, diz o presidente da Fonesa, "queremos discutir com os Estados a implantação do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), harmonizar as ações entre os mesmos, estimular a adoção do planejamento estratégico e do gerenciamento por resultado, além de discutir com responsabilidade a retirada da vacinação contra a aftosa". Para tanto, é necessária uma "uma parceria efetiva com o Mapa, já que órgãos estaduais são seus braços na execução de ações de defesa sanitária".

Como presidente do Fonesa, Altino irá coordenar, durante todo o dia 27 de julho, uma programação especial com os Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária, como parte do II Congresso Internacional do Boi de Capim. Na pauta do Fórum estará a discussão sobre soluções para mudança de status sanitário dos Estados da Região Nordeste até janeiro de 2009, sob a coordenação do Dr. Mário Puga, do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).

Ao lado de Altino Rodrigues Neto, grandes especialistas, pecuaristas e agentes da cadeia da carne estarão expondo suas idéias, pesquisas e projetos no 2º Congresso Internacional do Boi de Capim, criado para discutir temas como bem-estar animal, sanidade, impacto dos sistemas de produção no meio ambiente e soluções mercadológicas. O boi de capim é um animal criado exclusivamente a pasto, sem promotor de crescimento, e que busca atender as exigências de uma alimentação mais natural, sem resíduos. Hoje, a produção a pasto é o grande diferencial do Brasil no mercado internacional de carne bovina.

O II Congresso Internacional do Boi de Capim é promovido pela Associação Baiana de Expositores (Abexpo) que, reunindo técnicos de alto renome, produziu um temário rico e diversificado que contempla propostas inovadoras para mudanças em conceitos e atitudes do setor da carne. As informações são da assessoria de imprensa do evento.

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