Brasil deve facilitar entrada de uvas frescas da Argentina

Uvas frescas ou de mesa da Argentina tiveram sua entrada facilitada no Brasil, que é um importante mercado regional que anualmente tem importações totais de 14.525 toneladas. Os serviços de saúde do governo argentino trabalharam em conjunto com as contrapartes brasileiras para alcançar esse possível resultado.  

Em agosto de 2020, o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, se reuniu com a Diretoria da Corporação, mesa da qual participa o Instituto Nacional de Viticultura, e os governos provinciais representados pelos Ministros da Economia de Mendoza, Enrique Vaquié, e a Produção de San Juan, Andrés Díaz Cano. O Ministro da Agricultura da Argentina, Luis Basterra, também participou dessa reunião específica. 

Dessa agenda comum de trabalho, que visava aumentar as exportações de produtos vitivinícolas para o Brasil, surgiu um acordo que visa beneficiar as uvas frescas argentinas. É que os auditores do Ministério da Agricultura do Brasil concordaram em viajar em breve à Argentina para auditar o Sistema de Mitigação de Riscos proposto pelo SENASA, que inclui uma série de procedimentos para conseguir um produto que atenda a todos os requisitos fitossanitários que o Brasil exige.  

Esses procedimentos vão garantir a ausência de ácaros e práticas que visem evitar a Lobesia Botrana. Se a auditoria for bem-sucedida, a exportação de uvas frescas para o Brasil ficará muito facilitada. 

Até agora, o embarque de uvas frescas para o Brasil exigia tratamento com brometo de metila, procedimento caro para a produção local que praticamente a deixava fora do mercado. Com isso, as uvas frescas da Argentina perderam participação no Brasil, país que importa cerca de 14.525 toneladas por ano, das quais o Chile responde por 63%. As uvas frescas da Argentina, apesar de terem tarifa zero no Brasil, foram relegadas a uma participação média de mercado de apenas 22% nos anos 2018/2019.