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Brasil deve manter produtividade agrícola em alta, diz presidente de câmara setorial

O presidente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários observou que houve melhoria no uso de sementes, de produtos fitossanitários e de adubo orgânico, o que ajudará a equilibrar a situação


Apesar da necessidade brasileira de importar fertilizantes – cerca de 60% do que consome -, a produtividade da safra que se inicia não será prejudicada. A afirmação foi feita pelo presidente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, Cristiano Simon, em reunião realizada hoje (18) no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a presença do ministro Reinhold Stephanes.


"Acho que a forma como o agricultor tem racionalizado o uso do fertilizante, por meio da correção da acidez do solo, do uso de calcário, tudo isso melhora também a absorção dos nutrientes nas plantas. No momento em que há uma escassez e um efeito de custo são necessárias idéias e criatividade para diminuir esse impacto o máximo possível", afirmou Simon.

O presidente da Câmara Temática de Insumos Agropecuários observou também que houve melhoria no uso de sementes, de produtos fitossanitários e de adubo orgânico, o que ajudará a equilibrar a situação. Segundo ele, os representantes da indústria disseram que grande parte dos fertilizantes necessários para esta safra já foram importados e há estoques no campo.

O diretor da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Eduardo Daher, disse que já foram importados este ano cerca de 14 milhões de toneladas de fertilizantes, volume 19% maior que no mesmo período do ano passado. Ele explicou, entretanto, que isso se deve à antecipação feita nas compras dos produtores, por receio de nova alta nos preços. Ao final do ano, segundo ele, a quantidade adquirida deve ser 5% superior à do ano passado, "que é o que o país cresce".


Daher ressaltou, entretanto, que mesmo com a baixa do preço do petróleo, os produtores brasileiros não devem esperar queda no valor dos fertilizantes. "Faltam dois ingredientes básicos: crédito e logística. Não temos portos, ferrovia, caminhão, não temos infra-estrutura para movimentar toda a safra."

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