Brasil deve permanecer no acordo de Paris, diz Consultoria
“Se os esforços globais não forem bem-sucedidos, é possível que o Brasil perca a enorme vantagem que possui"
Uma análise exclusiva realizada pela consultoria INTL FCStone indicou que o Brasil deve permanecer no Acordo de Paris, inclusive com benefícios para o agronegócio. De acordo com a análise, o País se destaca mundialmente pelo respeito ao meio ambiente, tendo registrado desempenho melhor do que países como Estados Unidos e Alemanha.
“Considerando que o aquecimento global deve ser cada vez mais uma parte essencial da pauta de negociações globais, se o Brasil quiser se manter e até aumentar sua participação em futuros acordos internacionais (comerciais ou de outra natureza) é de suma importância que o país se mantenha como participante do Acordo de Paris e concentre seus esforços no cumprimento da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) estabelecida para 2025, que é de redução em 37% nas emissões em comparação com 2005”, diz o texto.
Além disso, o Brasil possui intensidade de carbono 44% abaixo da média global e mais de 60% abaixo de outras economias emergentes como China e México. “Esta vantagem é resultado, pelo menos em parte, da ampla presença de fontes renováveis na matriz energética nacional, que é a maior do mundo”, informa o relatório.
Nesse cenário, o desenvolvimento do agronegócio brasileiro passa, fundamentalmente, pela preservação do meio ambiente, segundo a consultoria. O texto explica que a melhor forma de conseguir realizar esse processo é utilizando práticas agropecuárias ambientalmente corretas, sendo o setor cada vez mais apto a crescer em produtividade sem aumentar o desmatamento.
“Se os esforços globais para estabelecer um limite no aquecimento global não forem bem-sucedidos, é possível que o Brasil perca a enorme vantagem que hoje possui na produção agrícola por contar com um enorme território de solo e clima aptos para o plantio”, conclui.
