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Brasil deve seguir exemplo do trigo argentino

“Primeiro se determina a qualidade com os compradores, depois se planta exatamente o que se vendeu"


O especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, afirmou em seu boletim informativo diário que o Brasil deve seguir o exemplo da argentina em relação ao trigo. De acordo com ele, uma das melhores maneiras de se obter bons preços em relação ao trigo pelos agricultores é fazer volume. 

“Primeiro se determina a qualidade com os compradores, depois se planta exatamente o que se vendeu, alinhando a cadeia de venda e produção. Isto garante a preferência, o escoamento e preço melhor. Reportagem do valorsoja.com desta quarta-feira registra as diretrizes para a escolha de cultivares para plantio na zona norte de Buenos Aires. A comercialização antecipada do trigo argentino 2019/20, produto das oportunidades apresentadas pelo cereal no mercado internacional, constitui um incentivo para maximizar a produtividade da cultura que começará a ser plantada em maio próximo”, comenta. 

No entanto, para que isso aconteça, ele explica que vários agricultores têm que plantar a mesma variedade ou variedades semelhantes, armazenar no mesmo armazém e produzir quantidade suficiente para que um moinho possa se abastecer ali, pelo menos por um bom período. Com isto, eles partem dos custos de logística que deixam de gastar, até para estimular a produção de qualidade e quantidade na mesma região. 

“Vejam que a Argentina se adapta aos seus compradores e é o que se recomenda a fazer no Brasil também (aliás, qualquer manual de vendas diz isto). Por outro lado, o que se deve evitar é cada agricultor produzir a semente que quiser, fazer os tratos culturais que quiser e armazenar onde quiser. Isto só contribui para ter preços baixos e pouca ou nenhuma rentabilidade”, conclui. 

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