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Brasil e China farão trabalhos conjuntos em OGM e investimentos

O grupo, que contará com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), terá como foco também a biotecnologia e a agroenergia


Os governos do Brasil e da China vão firmar parcerias para desenvolver a pesquisa em Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e ampliar investimentos no comércio agropecuário. As decisões foram tomadas durante a 2ª reunião do Sub-Comitê de Agricultura da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban) e do 3º Comitê Consultivo Agrícola (CCA), nesta segunda-feira (08-11), em Brasília.

“Brasil e China têm muitos pontos de convergência, por se tratarem de países em desenvolvimento com forte potencial na produção agrícola”, declarou o diretor do Departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Lino Colsera. No encontro entre técnicos dos ministérios de Agricultura dos dois países, a biotecnologia voltada ao setor agrícola foi tema de destaque.

Os chineses demonstraram interesse em fortalecer a pesquisa no setor, a partir da criação de um grupo de trabalho que, anualmente, tratará do intercâmbio de informações para intensificar os estudos nos dois países. O grupo, que contará com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), terá como foco também a biotecnologia e a agroenergia.

Para o diretor-geral de Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura da China, Wang Ying, países que desenvolvem produtos geneticamente modificados têm mais poder no comércio internacional do agronegócio. “Acredito que Brasil e China são predominantemente líderes, inclusive, na área de pesquisa”, disse.

A opinião foi compartilhada pelo coordenador de Biossegurança do Ministério da Agricultura do Brasil, Marcus Vinícius Coelho. “As duas nações têm grande potencial em OGM, com leis bastante seguras, por isso, seria saudável esse intercâmbio na pesquisa, o que facilitará o desenvolvimento conjunto de novos OGM e o comércio agrícola desses produtos”, afirmou. Wang acredita que há grande possibilidade de os dois países firmarem acordos para o desenvolvimento de patentes.

Ações estratégicas para ampliar e diversificar o intercâmbio comercial também serão colocadas em prática. Um grupo de técnicos dos dois ministérios promoverá atividades com empresários brasileiros e chineses interessados em investir no agronegócio. Já em 2011, o governo chinês se comprometeu em organizar um evento para aproximar empresários dos dois países. “Será benéfico para os governos, que estreitarão as relações comerciais, e para as companhias”, concluiu Wang.

Ministros – Ainda nesta segunda-feira, às 16 horas, o ministro brasileiro Wagner Rossi recebe o colega de pasta chinês, Han Changfu, em reunião bilateral. Na sequência, as autoridades firmarão a ata das reuniões técnicas.

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