Depois de diversas investidas do governo brasileiro, Brasil e China, finalmente, fecharam ontem um acordo sanitário que vai permitir a venda de carnes industrializadas bovina, suína e de frango para o mercado chinês. Em troca, o Brasil se comprometeu a retirar as restrições ao ingresso de trigo, frutas e milho provenientes da China.
O acordo foi fechado durante uma reunião, no Itamaraty, coordenada pelo subsecretário para Assuntos de Integração, Econômicos e de Comércio Exterior do Ministério das Relações Exteriores, Clodoaldo Hugueney, que desde o ano passado participou de várias conversas com o governo chinês.
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Amauri Dimarzio, disse que o Brasil poderá iniciar as exportações para a China no segundo semestre. Até lá, as indústrias brasileiras estarão habilitadas.
Para o Itamaraty e o Ministério da Agricultura, o acordo é fundamental para ajudar no aumento das exportações, tendo em vista que o mercado chinês tem mais de 1 bilhão de consumidores. Entre os exportadores, existe a certeza de que os embarques de carnes bovina, suína e de aves para a China atenderão os requisitos exigidos.
O governo brasileiro já enviou à China uma lista com os nomes de 80 indústrias de carnes bovinas, 35 de aves e 30 de suínas que têm condições de se habilitar para exportar.
O Brasil está disposto a avançar no processo de retirada de barreiras às importações chinesas.