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Brasil é destaque na corrida global pela terra

Investidor estrangeiro quer segurança jurídica, afetada por restrições do governo


Advogado especialista em negócios florestais e investimentos estrangeiros ressalta que investidor estrangeiro quer segurança jurídica, afetada por restrições do governo

O Brasil foi, no ano passado, o principal destino de grande parte dos US$ 14 bilhões em investimentos estrangeiros aplicados internacionalmente em terras para a agricultura e o plantio de florestas. É o que afirma reportagem, com versão também em vídeo, que a maior agência de notícias e informações do mundo, a Thomson Reuters, publicou no final do mês, citando a estimativa da Organization for Economic Cooperation and Development (OCDE), instituição internacional de estudos econômicos, com sede na França.

“Corrida global pela terra: a busca por resultados justos” é o título da reportagem, por ora distribuída apenas para mídias estrangeiras e reproduzida por veículos de comunicação americanos, do Canadá, da Grã Bretanha, Índia, México e da Alemanha, inclui alerta do advogado especialista em negócios florestais e investimentos estrangeiros, Tarcísio Araújo Kroetz.

O advogado afirma que o Brasil pode perder bilhões em investimentos para outros países, se não oferecer a segurança jurídica que os estrangeiros exigem, e que considera ameaçada pela medida do governo, que restringe a compra de terras por empresas e pessoas de outras nacionalidades. “O investidor quer clareza e a segurança de que não haverá mudanças nas regras do jogo nos próximos anos”, afirma o advogado, de Hapner e Kroetz Advogados, escritório com atuação nacional e internacional, com sede em Curitiba, no Paraná.

Outra fonte internacional ouvida pelos vários jornalistas envolvidos na reportagem, foi Philippe Laperouse, que dirige a High Quest Partners, de capital britânico e operações globais nas áreas de agronegócio e biocombustíveis. Ele confirma a visão do advogado, ao afirmar que, com as incertezas criadas pelas restrições do governo brasileiro, o investimento estrangeiro, até agora 45% focado no Brasil, já está se deslocando, especialmente para a Argentina e a África, considerada o destino do futuro em matéria de terras.

As restrições, que entraram em vigor em agosto, são defendidas na reportagem pelo consultor Ronaldo Vieira Junior, da Advocacia Geral da União (AGU), que limitou a 5 mil hectares a compra de terras agricultáveis do Brasil por estrangeiros. Ele disse à agência que as restrições vinham sendo estudadas desde 2008, auge da inflação nos preços dos alimentos que o planeta começou a vivenciar no ano anterior e que ainda se mantém.
Ano passado, registra a reportagem, milhares de investidores estrangeiros aplicaram US$26 milhões em investimentos diretos no Brasil que, conforme Vieira, resolveu tornar sua terra questão estratégica, da mesma forma que outros países fazem com alguns setores industriais e de infraestrutura.

Como referência de localidade que tirou proveito da captação de investimentos estrangeiros, a Thomson Reuters cita o município paranaense de Tunas, na Região Metropolitana de Curitiba, onde o ex-prefeito, Ademar Moacir Cordeiro, conta que o ganho médio dos trabalhadores é três vezes maior que o salário mínimo, graças ao desenvolvimento de projetos de empresas de base florestal. Como contraponto, a agência de notícias e informações para investidores cita o caso de uma vila em Serra Leone, na África, onde uma gigante do setor de biocombustíveis descumpriu com acordos de benefícios para a comunidade e se tornou proprietária de mais de 100 mil hectares para o plantio de cana.

Veja a reportagem completa, em inglês: http://www.reuters.com/article/2011/01/31/us-landrush-idUSTRE70U06D20110131

As informações são de assessoria de imprensa.

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