Brasil e EUA afirmam que etanol é o "combustível do futuro"
Autoridades negaram que a produção de etanol em grande escala, possa colocar em perigo o abastecimento de alimentos
Autoridades do Brasil e dos Estados Unidos afirmaram nesta quarta-feira (11-07) que o etanol é ""o combustível do futuro"" e negaram que sua produção em grande escala possa colocar em perigo o abastecimento de alimentos.
Representantes dos dois grandes produtores mundiais deste combustível alternativo inauguraram hoje em Brasília uma conferência sobre ""Inovação e Competitividade nas Américas"".
A produção de biocombustíveis foi o assunto principal do encontro e a ocasião serviu para rebater críticas que países latino-americanos e europeus fizeram ao desenvolvimento de carburantes sobre a base de milho, cana-de-açúcar ou oleaginosas.
- Os EUA seguem o caminho do Brasil na substituição do petróleo por álcool carburante - disse o diretor do escritório de Energias Renováveis do Departamento de Energia dos EUA, Brad Barton.
Na sua opinião, o etanol representa ""o combustível do futuro"" e é uma das poucas opções ""seguras"" que existem para manter a oferta de energia além do petróleo. Irani Varela, assessor da Presidência da Petrobras, concordou com esta posição e destacou o ""conteúdo social"" que a produção de biocombustíveis traz, pois representa uma ampliação da mão-de-obra e das fontes de riqueza no campo.
A inclusão social, na opinião de Varela, deve ser considerada ""uma obrigação"" em todos os novos processos tecnológicos, para que os adiantamentos sejam para todos e não para minorias. O Brasil e os EUA são responsáveis por 74% do etanol produzido no mundo, mas enquanto o primeiro é elaborado pela cana-de-açúcar, o segundo é feito com o milho. A conferência será encerrada amanhã, quando está previsto um discurso do subsecretário de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Nicholas Burns