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Brasil exporta mais de 34 milhões de sacas de café em 2016, com receita cambial de US$ 5,4 bilhões

Arábica obteve sua melhor série histórica, com recorde de exportação


Apesar do decréscimo do robusta, arábica obteve sua melhor série histórica, com recorde de exportação
 
Com a consolidação dos dados referentes ao último mês de dezembro, o Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil acaba de concluir o cálculo das exportações de café brasileiro ao longo de 2016. Foram exportadas no total do ano civil 34.005.893 sacas, um decréscimo de 8,1% em comparação com o ano de 2015 (37.018.983 sacas). A receita cambial fechada do ano passado foi de US$ 5,4 bilhões e o preço médio por saca US$ 158,68, quedas de 12,3% e de 4,5% em comparação com 2015, respectivamente (ano que havia apresentado US$ 6,1 bilhões de receita cambial e US$ 166,24 de preço médio por saca).
 
Levando em consideração todas as exportações do agronegócio brasileiro em 2016, o café teve uma participação de 6,4% no segmento. Já a nível geral de exportações, a representatividade do café foi de 2,9%, mantendo o bom desempenho do comércio exportador de café do país. O Brasil é o país que mais repassa o valor FOB aos produtores do setor cafeicultor, estimado em mais de 80% segundo o Índice de Participação na Exportação do Produtor (IPEP), auditado pelo Cecafé.
 
“O segundo trimestre do ano foi o mais desafiador para o segmento, devido ao período de entressafra e às reduções drásticas nos estoques. Porém apresentamos uma grande recuperação no quarto trimestre, que foi o melhor período do ano. O café conilon (robusta) foi o mais impactado em 2016 devido às condições climáticas adversas, voltando a patamares de 1997. Já o arábica, por sua vez, compensou esse cenário negativo, com recorde em toda a nossa série histórica de exportações” comenta Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
 
No total do ano de 2016, os cafés verdes somaram 30.148.595 sacas (29.568.282 sacas de arábica e 580.313 sacas de robusta). Já os cafés industrializados tiveram aumento de 7,8% em comparação com o total exportado em 2015, com 3.857.298 de sacas embarcadas em 2016 (sendo 3.828.092 sacas de café solúvel e 29.206 sacas de café torrado e moído). Historicamente, desde o início das exportações de café do Brasil, o setor não havia registrado volumes tão altos de café arábica e café solúvel embarcados no ano.
 
Dezembro/2016
Especificamente no mês de dezembro de 2016, foram exportadas 3,07 milhões de sacas, com receita cambial de US$ 557 milhões e preço médio de US$ 181,59. Os cafés verdes somaram 2.748.710 sacas (2.737.673 sacas de arábica e 11.037 sacas de robusta) e os cafés industrializados corresponderam a 320.268 sacas (sendo 319.331 sacas de café solúvel e 937 sacas de café torrado e moído).
 
Principais destinos 
No compilado do ano civil de 2016, os Estados Unidos foram o país que mais recebeu café exportado do Brasil, com 6.477.794 sacas, sendo 19% dos embarques, seguido de perto pela Alemanha, com 6.220.107 sacas e 18,3% das exportações. Destaque também para a Itália com 8,5% (2.876.918 sacas), Japão com 7,5% (2.538.786 sacas) e Bélgica com 6,1% (2.089.747 sacas).
 
Cafés diferenciados 
No ano civil de 2016, as exportações de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) corresponderam a 5.929.888 sacas, representando 17,4% do total de café embarcado em 2016. A receita cambial dessa modalidade foi de US$ 1,17 bilhão no acumulado do ano, correspondendo a 21,7% do total gerado com os valores de exportação. O preço médio dos cafés diferenciados em 2016 foi de US$ 197,69.
 
Os 10 maiores países importadores de cafés diferenciados representam 81,4% dos embarques com diferenciação. Os Estados Unidos são o país que mais recebe cafés diferenciados do Brasil, com 1.222.943 sacas exportadas, o que corresponde a 21% da modalidade. Japão fica em segundo lugar com 15% (913.126 sacas), seguido por Alemanha, com 12% (699.388 sacas), Itália, com 11% (628.225 sacas) e Bélgica, com 10% (602.604 sacas).

Portos
Em 2016 o Porto de Santos seguiu como principal via de escoamento da safra para outros países, com 84% (28.560.341 sacas embarcadas) de participação. Os portos do Rio de Janeiro seguem em segundo lugar, com 12% (4.090.880 sacas embarcadas) de participação no ano.

O relatório completo está disponível no site do Cecafé: http://www.cecafe.com.br/.

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