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Brasil importa 50% a mais de fertilizantes

O Brasil importou em janeiro e fevereiro de 2021 um total de 5,7 milhões de toneladas


Foto: Marcel Oliveira

Os primeiros dois meses de 2021 demonstram que a comercialização de fertilizantes seguirá a tendência iniciada no ano passado, com os produtores recorrendo às compras antecipadas para garantir as suas necessidades no campo.

Segundo o Boletim Logístico, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), existem estimativas de que o produtor brasileiro já teria negociado uma parcela significativa do que precisaria no primeiro semestre e até para o restante do ano. Segundo alguns analistas de mercado, os produtores estão com essa postura em função dos preços dos grãos estarem muito altos, o que favorece a relação de troca e induz o adiantamento das vendas de parte da produção futura em troca dos insumos. 

O Brasil importou em janeiro e fevereiro de 2021 um total de 5,7 milhões de toneladas, 50,5% a mais. De acordo com dados da Comexstat somente o Mato Grosso foi responsável por 1,3 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado o volume importado havia sido de 3,8 milhões de toneladas no país e 856 mil toneladas pelos mato-grossenses.

Essa é uma tendência verificada fortemente no Centro Oeste brasileiro, mas, também, ocorre em todas as regiões produtoras de grãos, que têm a previsão de aumento da produção agrícola, o que indica um incremento correspondente no consumo de fertilizantes. “É conhecida a preocupação do governo em relação à dependência do mercado internacional e algumas medidas já foram tomadas: como a criação, em janeiro, do Plano Nacional de Fertilizantes. Contudo, há informações de que haverá modificações no Plano, no mês de março, quanto a incidência do ICMS para fertilizantes, podendo trazer mais dificuldades para o incentivo à produção nacional desses insumos e aumento nos custos para os produtores rurais”, diz a companhia.

O aumento de produtividade da agricultura brasileira, especialmente a de grãos que deve atingir um recorde de 272 milhões de toneladas, vem provocando um incremento no consumo de fertilizantes, ano após ano, no país que é um dos maiores consumidores mundiais e importa cerca de 70%.

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