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Brasil não deve importar trigo de fora do Mercosul

Segundo Stephanes, os estoques brasileiros são suficientes para o período de 90 a 120 dias


O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, descartou, 4ª feira (10), a possibilidade de o Brasil importar trigo de países de fora do Mercosul. "Ainda não sabemos se vamos abrir a importação de trigo este ano. O mais provável é que não haja importação em 2009", afirmou. Depois que a Argentina anunciou que não tem mais trigo para exportar, a indústria moageira nacional vem pedindo ao governo que libere a importação do cereal de países do Hemisfério Norte sem Tarifa Externa Comum (TEC), de 10%. O pedido desagrada ao setor produtivo que, na última câmara setorial no Ministério da Agricultura, há pouco mais de um mês, afirmou que usaria "todos os cartuchos" disponíveis para que o governo não zerasse a TEC.

Segundo Stephanes, os estoques brasileiros são suficientes para o período de 90 a 120 dias. Este tempo é necessário, de acordo com ele, para aguardar o início da colheita doméstica. "Ao final de agosto já teremos colheita", afirmou. O ministro argumentou que a opção por não ampliar o número de países fornecedores de trigo tem base no que ocorreu em 2008, quando a importação sem TEC foi liberada e, meses depois, com a oferta da safra nacional, os preços internos caíram por falta de demanda. "Mas a Abitrigo discorda dos números, por isso teremos uma reunião na semana que vem", adiantou.

Stephanes acabou de voltar de uma viagem à Rússia e relatou que o país informou ter o tipo de trigo que o País necessita, que é o para a produção de pão. Disse também que não há problemas sanitários naquele país que possam barrar a entrada do produto, caso o Ministério da Agricultura mude de ideia e adote a Rússia como um fornecedor. Atualmente, a Argentina é o maior fornecedor para o Brasil.

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