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Brasil quer liderar exportações de carne bovina até 2007


O Brasil poderá se tornar o maior exportador mundial de carnes, em receita, passando à frente da Austrália, a partir do ano que vem ou em 2007. Hoje o País é líder em volume, com 1,1 milhão de toneladas. A aposta da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec) é que o primeiro lugar seja alcançado com o investimento em vendas de produtos de maior valor agregado. No ano passado, as exportações totalizaram US$ 2,5 bilhões - acréscimo de 65% ante a 2003. Seu principal concorrente comercializou US$ 3 bilhões.

"Nossa estratégia é buscar melhoria de preço, nicho de mercado e investir na marca Brazilian Beef", diz Marcus Vinicius Pratini de Moraes, presidente da Abiec. Entre os novos mercados que o Brasil pretende abrir em 2005 estão os Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul e Taiwan. Atualmente, o País só comercializa carne cozida para esses destinos. A indústria também quer que, a partir de março, iniciem os embarques para a China. Uma missão de técnicos daquele país está no Brasil até o próximo dia 27 avaliando as condições sanitárias de granjas, fazendas e frigoríficos para certificar as carnes. "Acessando esses mercados e ampliando as vendas para a China, seremos líderes", diz Pratini de Moraes.

Depois da China, o mercado em que a abertura está mais próxima é o dos Estados Unidos, pois o processo iniciou no governo passado e havia sido interrompido devido ao foco de aftosa no Rio Grande do Sul, em 2000. Pratini de Moraes acredita que, a partir do momento em que os Estados Unidos comprarem carne "in natura" do Brasil, os demais mercados também serão abertos.

O forte crescimento das exportações de carne em 2004 não deverá se repetir neste ano. "A velocidade vai depender da abertura dos mercados e do câmbio", diz Pratini de Moraes. Para ele, o câmbio ideal é de R$ 3 para que o setor se mantenha competitivo.

A ampliação de mercados, de 100 para 143 países, e a melhoria dos preços internacionais explicam o bom desempenho de 2004. Apesar do embargo imposto em setembro, a Rússia foi o principal importador do Brasil, com 240 mil toneladas. Pratini de Moraes acredita que, se até março o impasse não for resolvido - quando também serão discutidas as cotas - as indústrias enfrentarão problemas.

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