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Brasil registra caso de peste suína clássica

Infecção foi registrada no Ceará, que não faz parte da zona livre da doença


Foto: Pixabay

O Brasil voltou a registrar um caso peste suína clássica. O Ministério da Agricultura já notificou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sobre uma ocorrência no Ceará, estado que não faz parte da zona livre de PSC.

A doença foi diagnosticada no dia 14 de setembro em um animal de uma produção caseira e a confirmação foi feita pelo Laboratório Federal de Defensa Agropecuária de Minas Gerais. Segundo a OIE foram registrados casos em nove animais na cidade de Marco, há 220 quilômetros de Fortaleza. Oito animais morreram e um foi sacrificado. 

Por não ser zona livre de peste suína clássica, o Ceará tem restrições para a circulação de animais e produtos entre o Estado e áreas consideradas livres da doença. “As investigações ainda estão em andamento para identificar a origem e ligações epidemiológicas. As medidas de erradicação serão implementadas com abate dos animais existentes na propriedade e contatos dentro da mesma unidade epidemiológica”, disse o governo à OIE. O Mapa ainda reforçou que “conforme as estratégias para erradicação de focos de PSC adotadas no país, será realizada a eutanásia dos suínos envolvidos e a limpeza e desinfecção na propriedade, além de investigações para rastreamento de provável origem e vínculos epidemiológicos”.

A peste suína clássica é diferente da peste suína africana, sendo menos grave. A doença também não é transmitida para seres humanos. É altamente infecciosa, que apresenta elevada taxa de contaminação e é, com frequência, mortal aos suínos. Também conhecida como febre ou cólera suína, a PSC afeta suínos domésticos e selvagens. A enfermidade é causada por um vírus RNA envelopado que pertence à família Flaviviridae.

O Brasil vem implementando zonas livre de PSC desde 1982. A OIE reconhece três zonas livres de PSC no Brasil: uma constituída por Rio Grande do Sul e Santa Catarina; outra pelos Estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins, além do Distrito Federal, e ainda os municípios de Guajará, Boca do Acre, região Sul de Canutama e região Sudoeste de Lábrea, pertencentes ao Estado do Amazonas e a terceira constituída pelo Estado do Paraná. 

Atualmente, a zona não livre do Brasil é formada pelos Estados de Alagoas, Amapá, Amazonas (exceto a região pertencente à zona livre), Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.

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