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Brasil vai desenvolver pecuária de leite de baixo carbono

Nestlé e Embrapa vão desenvolver primeiro protocolo nacional


Foto: Divulgação

A multinacional suíça de alimentos, Nestlé, e a Embrapa fecharam uma parceria para desenvolver o primeiro protocolo nacional para uma pecuária de leite de baixo carbono. 
A iniciativa envolve a confecção de guias e materiais com orientações aos produtores, além de uma calculadora que mostrará o balanço de carbono equivalente das propriedades leiteiras em diferentes biomas e sistemas de produção.

Entre as estratégias do protocolo está o desenvolvimento de diferentes frentes da produção leiteira nacional, que leva em consideração questões como manejo do solo, transporte, manejo e alimentação dos animais, manejo dos dejetos, entre outros. A calculadora, por exemplo, será capaz de traçar, de acordo com as características de cada região ou bioma e adaptada aos diferentes sistemas de produção, o perfil de emissões de cada propriedade, o que vai possibilitar a criação de planos individualizados de atuação para redução em cada uma delas.

Ainda neste ano será feito um piloto com foco a desenvolver as primeiras fazendas de leite Netzero para emissões no país. Desde 2018 a companhia já conduz ações para diminuir as emissões em suas cadeias de fornecimento com resultados positivos. "Atualmente, não existe nenhuma ferramenta que consiga mensurar de forma realista e adaptada para a realidade brasileira as emissões geradas em propriedades leiteiras”, afirma a gerente de Desenvolvimento de Fornecedores e Qualidade da Nestlé Brasil, Barbara Sollero.

A ideia é mostrar aos produtores de leite onde estão as emissões e que eles consigam diminuí-las o máximo possível. Para o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento Alexandre Berndt, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP), a produção de leite de baixo carbono é um objetivo ousado e para se chegar ao leite de baixo carbono é preciso adotar diferentes tecnologias, boas práticas de manejo na fazenda, nutrição, estrutura de rebanho e uso de sistemas integrados e florestas plantadas. “O protocolo envolverá ações coordenadas para que os produtores incorporem na fazenda ferramentas e práticas sustentáveis de produção", destaca.

A Embrapa Informática Agropecuária (Campinas-SP) será responsável pela adaptação de modelos matemáticos e métricas que, por meio de um componente de software, serão integrados à calculadora que vai contabilizar o balanço de carbono na propriedade. "Com isso, oferecemos ao produtor um instrumento para medir o resultado das estratégias de manejo que ele está utilizando e evitar que tome decisões no escuro, sem a segurança quanto aos benefícios que podem ser gerados", explica o pesquisador Luís Gustavo Barioni.
 

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