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Brasil vai retirar 6 mi de sacas de café do mercado

Programa para formação de estoques privados permite retorno do café ao mercado, caso a cotação evolua para o nível de preço estabelecido


Os membros do CDPC (Conselho Deliberativo da Política do Café), em sua 58ª Reunião Ordinária, realizada na tarde de ontem (30), aprovaram proposta do CNC (Conselho Nacional do Café) para a retirada de 6 milhões de sacas do mercado. Trata-se da formação de estoque estratégico por parte do setor privado.

Esse inédito programa, ao contrário do modelo de formação de estoques públicos, permite o retorno antecipado de parte desses cafés ao mercado caso a cotação evolua para o nível de preço estabelecido, que é de R$ 306,34.

Utilizando-se como fonte de recursos o Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira), o setor privado renovará o volume de 6 milhões de sacas a cada dois anos, sempre no início (julho) do ano safra de bienalidade alta (safra cheia) do café.

Para o presidente do CNC, Gilson Ximenes, este programa é de suma importância, haja vista que não dá previsão de retorno do café ao mercado, conforme ocorre com os financiamentos de estocagem. “Apesar de a estocagem objetivar a promoção de um efeito anticíclico na bienalidade da oferta brasileira, a previsibilidade do retorno desses cafés ao mercado tem gerado prejuízo ao produtor, considerando-se que há depreciação dos preços nos períodos em que se encontram os vencimentos das operações”, explicou.

De acordo com ele, os níveis de preço, nesse novo modelo, é que determinarão o fluxo de retorno do café. “Outra grande vantagem do programa é que não há depreciação do produto, como ocorria com os estoques públicos, visto que ele pode ser renovado a cada dois anos”, disse Ximenes, que completou lembrando que a iniciativa inovadora não gera ônus à União, além dos ganhos da valorização do estoque ficarem com o setor produtivo da cafeicultura brasileira.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento encaminhará voto à próxima reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que deverá ocorrer no final de novembro, para que seja efetuada a implantação do programa. As informações são da assessoria de imprensa do Conselho Nacional do Café – CNC.

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