Brasileiros estão otimistas com algodão

Fatores como o crescimento de 5% no consumo de produtos têxteis e confeccionados, o aumento de 12% na safra de algodão e 20% de incremento na área plantada no Brasil traz otimismo para os produtores. Além disso, a previsão de queda de 12% na safra 2018/2019 da Índia, maior exportadora de algodão, faz com que produto brasileiro encontre mais espaço no mercado internacional.

Mesmo adotando um sistema de plantio com semente geneticamente modificada, uma infestação de lagartas rosadas reduziu a rentabilidade de lavouras, elevou os custos de pesticidas e obrigou produtores a optarem por outras culturas ara complementar sua renda. Dados divulgados pela associação de algodão do país (CAI), indicam que a área de plantação deve passar de 12,26 milhões para 10,8 milhões de hectares, o que diminuirá a exportação da matéria prima e elevará ainda mais os preços no mercado internacional, que são os melhores desde junho de 2014.

Os preços elevados garantirão melhores vendas do algodão brasileiro no mercado internacional, que é impulsionado pela produção de 1,8 milhão de toneladas de pluma de algodão, em um milhão de hectares de lavouras, uma média estimada em 1,6 mil quilos por hectare. O presidente da Abit, Fernando Pimentel, afirma que o consumo em alta aquece também a demanda pelo algodão, que é principal fibra têxtil no Brasil. "É muito importante manter esse status, mas precisamos estar atentos ao crescimento da participação do poliéster e outras fibras, seja por questões de preço ou de desempenho, na indústria", pontua.

Estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam que a exportação de algodão brasileiro na safra 2017/18 deverá crescer 24% ante a temporada passada. O Brasil, que é o quinto maior produtor e o quarto maior exportador de algodão do mundo, terá uma alta na produtividade em meio a um cenário de maior demanda global e melhora na qualidade do produto ofertado pelo País.