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Briga contra barreiras ao frango salgado


O Brasil prossegue hoje na Organização Mundial de Comércio (OMC) questionamentos contra barreiras afetando suas exportações. Depois de consultas sobre subsídios ao algodão e açúcar, hoje será a vez de reclamar da União Européia contra uma reclassificação do frango salgado que representa aumento tarifário de 15% para cerca de 70%. Depois da formalidade de hoje, o Brasil poderá pedir painel (comitê de investigação) contra os europeus.

Ontem, o País terminou a consulta de dois dias com os EUA sobre os subsídios americanos a seus produtores de algodão, que causariam prejuízos anuais de US$ 600 milhões ao Brasil. Brasília fez 80 questões sobre o programa de subvenção americano, e Washington respondeu dando endereços de websites de agências governamentais. Agora, está nas mãos do próximo governo dar o próximo passo, de abrir painel.

Esse contencioso assume uma importância cada vez maior, na cena internacional, o que levou inclusive ontem a delegação brasileira a organizar entrevista coletiva na OMC. "Essa briga é uma questão social, os enormes subsídios americanos estão destruindo empregos no Brasil", reclamou o diretor-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Helio Tollini. "Se o Brasil quer ter mais saldo na balança comercial, vai ter que levar adiante essa disputa na OMC."

Também ontem, em Genebra, os diplomatas Roberto Azevedo e Celso Pereira tiveram reunião com negociadores dos EUA sobre a disputa do suco de laranja. A OMC já aprovou o painel contra os EUA a pedido do Brasil, que contesta taxa de equalização pela qual paga para a Flórida fazer marketing do suco local, concorrente do brasileiro. O painel não começou a trabalhar, porque depois os EUA fizeram proposta para resolver a questão amigavelmente. O Brasil pediu esclarecimentos de alguns pontos e receberam várias respostas. Nesse caso, Brasília terá de tomar a decisão de continuar a briga ou suspender o painel.

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