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Bunge Alimentos planeja investir US$ 118 milhões no Rio Grande do Sul


O Grupo Bunge, maior processador de soja do mundo, anunciou ontem (05-05) que pretende inestir US$ 118 milhões no Rio Grande do Sul. Esse investimento seria utilizado na duplicação de sua unidade no Estado em parceria com a Dupont, produtora de proteína isolada de soja, em Esteio. Segundo o presidente da empresa, Sérgio Roberto Waldrich, em quatro anos a empresa pretende investir US$ 100 milhões, além no arrendamento de mais US$ 15 milhões pela indústria de processamento de soja e refino de óleo da Bertuol, em Passo Fundo. O grupo pretende empregar mais US$ 3 milhões na implantação de um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento de produtos e ingredientes de soja, também em Esteio.

A ampliação da unidade de proteínas isoladas de soja expandirá a produção atual de 23 mil toneladas/ano para 48 mil toneladas/ano - a conclusão da primeira fase atingirá 35 mil toneladas/ano, já em 2004. Em Passo Fundo, o arrendamento da fábrica da Bertuol triplicará a capacidade de industrialização de soja. Passará das atuais 100 mil toneladas/ano para 300 mil toneladas/ano. O centro de excelência já está em obras e deverá estar concluído em setembro próximo.

A unidade deve empregar cerca de 40 técnicos e cientistas. Tanto a unidade de proteínas quanto o centro são únicos no hemisfério sul. No Rio Grande do Sul, a Bunge está presente em 33 cidades e emprega 1,7 mil trabalhadores diretamente. Em 2002, o grupo faturou R$ 1,1 bilhão e, neste ano, está adquirindo no Estado 2,1 milhões de toneladas de soja.

Por parte do governo do Estado, a Bunge pretende ter tratamento fiscal semelhante ao dos governos de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os secretários do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, e da Fazenda, Paulo Michelucci, participaram da audiência e, por determinação do governador estadual, Germano Rigotto, farão novas reuniões de negociação até a próxima semana.

Rigotto confirma que o RS não fechará portas para os investimentos geradores de emprego e renda e garantiu que os benefícios sobre o ICMS resultantes do aumento da produção e empregos estão garantidos pelo Fundopem. "O Estado tem amplo interesse em que a empresa faça investimentos, mas temos que preservar o nível de arrecadação, não onerar a base corrente da arrecadação. Nas relações do mercado interno não temos grandes problemas. Precisamos equiparar e buscar tratamento no mercado nacional. Mas vamos estudar a melhor alternativa para preservar o investimento no Estado", disse Michelucci.

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