O aposentado Eugênio Ruhle foi um grande produtor de café em Londrina. A plantação, herdada do pai, Ricardo Ruhle, foi extinta em 1972. Grande apreciador da bebida, ele chegava a tomar um litro de café por dia. Hoje se contenta com apenas uma xícara. Atualmente Ruhle mora em Curitiba e matou um pouco da saudade da época em que era produtor durante um evento promovido pela prefeitura, chamado Avenida do Café. Até domingo as pessoas que passarem pelo Mercado Municipal de Curitiba poderão conhecer todo o processo de plantio do produto, assistir torrefações dos grãos ao vivo, além de acompanhar uma exposição sobre a história da bebida.
Vindos de Londrina, técnicos do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), mostram à população como funciona o mercado, da produção à venda do café pronto, que pode ser provado no local. De cada quilo de café em coco, apenas 200 gramas são utilizados no preparo da bebida. ‘‘As pessoas se interessam por saber como funciona o beneficiamento do produto’’, explica um dos técnicos da Iapar, Denilson Fantin.
Segundo Ruhle, o segredo para colher uma boa safra de café é uma adubação controlada. ‘‘Deve ser feita a limpeza da área e nunca deixar a árvore muito descoberta’’, explica. Mas a exposição apresenta métodos ainda mais modernos de plantio, como o uso de tubos no lugar de sacos plásticos para o desenvolvimento da semente e a substituição de esterco por cascas de pínus para o adubo, evitando pragas de solo.
Hoje tem início, durante o evento, o 9º Campeonato Brasileiro de Baristas 2009, etapa Paraná. Concorrem 16 profissionais de Curitiba e do Norte do Estado. Peças do Museu do Café de Londrina fazem parte da exposição. O evento ocorre na Rua da Paz, ao lado do Mercado Municipal, até domingo, das 10 às 16 horas, com entrada gratuita.
Safra
O Paraná vai produzir neste ano o equivalente a 1,5 milhão de sacas de café, mas consome 4 milhões por ano. O Estado compra de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo parte do que é usado aqui. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), 9 entre 10 brasileiros, com idade acima de 15 anos, tomam café todos os dias. No País, existem aproximadamente 2.500 cafeterias, que movimentam um mercado de R$ 70 milhões por mês e empregam 30 mil pessoas. A expansão foi de, pelo menos, 100% nos últimos seis anos. A Abic informa que o faturamento mensal de uma cafeteria no Brasil varia de R$ 25 mil a R$ 100 mil.
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