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Cachaças artesanais de MG ganham certificado do Inmetro

Prosa & Viola e Terra de Minas são as duas primeiras marcas a serem certificadas


São mineiras as duas primeiras cachaças artesanais a serem certificadas no Projeto de Fortalecimento da Participação das Micro e Pequenas Empresas no Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade - Setor Cachaça. O programa voltado para a certificação da bebida é resultado de parceria firmada, em junho de 2005, entre Sebrae, Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e entidades representativas do setor nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul.

As marcas Prosa & Viola (envelhecida em tonéis de carvalho) e Terra de Minas (branca), produzidas por José Antônio de Freitas Souza, na Fazenda Alvorada, em Morro da Garça (MG), são as duas primeiras cachaças que irão receber o certificado do Inmetro.

A cerimônia de entrega dos selos de qualidade para as duas marcas será nesta quinta-feira (07-12), na sede do Instituto de Organização Racional do Trabalho (Idort), em São Paulo. Também haverá cerimônia em Belo Horizonte, que deve ocorrer no dia 18 de dezembro.

Daniela Vilaça, filha do produtor e gerente de vendas da empresa, diz que o interesse por buscar a certificação do produto surgiu quando seu pai assistiu, no ano passado, palestra sobre o Projeto de Fortalecimento da Participação das Micro e Pequenas Empresas, realizada durante a Expocachaça, em Belo Horizonte (MG).

Como o alambique da Fazenda Alvorada já havia sido projetado dentro de padrões de qualidade, o processo de certificação foi facilitado. Além de respeitar os padrões artesanais, questões como o reaproveitamento do vinhoto (subproduto do processamento da cana), já eram observadas pela Prosa & Viola. "Usamos para alimentar o gado e adubar as lavoras", diz Daniela. "E isso facilitou a busca pelo licenciamento ambiental, que é uma das exigências para ter o selo de qualidade", completa.

Ainda no campo ambiental, foi necessário reflorestar com mata nativa uma área próxima ao manancial da fazenda. No mais, diz Daniela, foi abrir o processo de produção para que o Ipem-SP verificasse se estava tudo dentro das conformidades estabelecidas pelo Inmetro. "Como o almbique é novo, a cahaça Prosa & Viola é de 2004 e a Terra de MInas de 2005, tivemos o cuidado de fazer tudo dentro das questões relacionadas à qualidade e ao processo artesanal. E isso facilitou o processo de certificação", explica Daniela.

Projeto

O Projeto de Fortalecimento da Participação das Micro e Pequenas Empresas no Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade - Setor Cachaça é um dos braços do Programa Brasileiro de Avaliação da Conformidade (PBAC). Além da questão da certificação de qualidade, um dos objetivos do projeto é o de facilitar a criação de laboratórios acreditados pelo Inmetro para analisar a cachaça artesanal.

Três unidades já foram acreditadas a partir desse processo, sendo uma em São Paulo (Ipem-SP), outra na Bahia e uma terceira no Rio de Janeiro.

Para apoiar os produtores que iniciarem o processo de certificação, o Sebrae vai investir cerca de R$ 700 mil até 2007. Os recursos virão do Programa Bônus Certificação, que contempla uma série de mecanismos voltados para garantir o acesso das micro e pequena empresas, e produtores rurais aos serviços de certificação de produtos. As informações são da Agência Sebrae de Notícias.

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