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Cadeia produtiva faz marketing do leite

A cadeia produtiva do leite pretende criar um fundo privado para promover o consumo interno


A cadeia produtiva do leite pretende criar um fundo privado para promover o consumo interno do produto e as exportações do setor. A proposta é que os pecuaristas contribuam com 25% e as indústrias com o restante. Os recursos serão repassados a uma organização civil de interesse público (Ocip).

Atualmente, o brasileiro consome 135 litros por ano, enquanto na Argentina são 250 litros per capta. Na Dinamarca são 420 litros por habitante anualmente. Segundo o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, a proposta é transformar a atual Láctea Brasil, que já reúne a cadeia produtiva, nesta Ocip. Alvim acrescenta que o fundo não cobrirá apenas os custos de marketing, mas de toda uma promoção do produto que incluiria ações com médicos, mostrando os benefícios dos lácteos, entre outros.

"É preciso fazer o marketing do produto a exemplo do café", afirma Alvim. Segundo ele, alguns estados já vêm tomando a iniciativa de forma individual, como por exemplo, Goiás e que seria a hora de fazer um movimento nacional. "O consumo brasileiro está estagnado desde o Plano Real", afirma.

A proposta é que além das indústrias e dos produtores, outros elos da cadeia produtiva, como por exemplo, as indústrias de insumos, possam vir a participar, contribuindo com o fundo. Na carta de intenção assinada por 18 representantes do setor, ficou definida uma base de contribuição de um quarto de centavo por litro. Os signatários do acordo respondem por aproximadamente 50% da produção nacional de leite.

Além do mercado interno, posteriormente, as ações desta nova Láctea Brasil serão no exterior. Alvim acredita que o País possa ser um grande player em lácteos e em 2007 consiga alcançar a meta traçada para o ano anterior. No acumulado de 2006, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foram US$ 169 milhões - 11,9% a mais que em 2005. A CNA tinha projetado inicialmente US$ 300 milhões. Os preços internacionais 46% superiores - para leite em pó - podem ajudar o País a alcançar esta meta.

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