Cães treinados podem identificar doença nos citros

Cachorros especialmente treinados por cientistas do Serviço de Pesquisa Agrícola dos Estados Unidos (ARS) provaram ser a maneira mais eficiente de detectar o huanglongbing, também conhecido como esverdeamento de citros. O estudo foi publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA. 

Atualmente, a única esperança sólida de reduzir a propagação do esverdeamento cítrico é eliminar as árvores com a doença o mais rápido possível para evitar a disseminação. A detecção precoce do patógeno é crucial porque as árvores podem ser infectadas e agir como uma fonte para espalhar a doença meses ou anos antes de mostrar sintomas que podem ser detectados a olho nu. 

O epidemiologista de plantas ARS Timothy R. Gottwald do US Horticultural Research Laboratory, em Fort Pierce, Flórida, descobriu que os cães podem ser treinados para detectar a presença do Candidatus Liberibacter asiaticus, a bactéria que causa o esverdeamento dos citros, com precisão superior a 99%. 

"Descobrimos que, uma vez treinados, esses cães foram capazes de identificar árvores infectadas dentro de duas semanas após a inoculação das árvores", disse Gottwald. “Os cães também foram capazes de distinguir o patógeno de esverdeamento cítrico de uma variedade de outros patógenos espiroplasmáticos bacterianos, virais, fúngicos e cítricos, incluindo espécies Liberibacter intimamente relacionadas”, completou. 

O único método atualmente aprovado pelo USDA para confirmar a presença do patógeno de esverdeamento dos citros, um teste baseado em DNA chamado teste de reação em cadeia da polimerase (PCR), detectou menos de 3% dos Infecções em 2 meses, 16 de 30 árvores inoculadas em 16 meses e 20 de 30 em 17 meses.