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Café: agricultura familiar e cooperativas exportam US$ 4,1 milhões para a Venezuela

Em até dez dias, 1,5 mil toneladas de café produzidos em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo serão embarcadas no Porto de Santos


Cinco anos depois do último embarque, em 2004, o café brasileiro volta ao mercado venezuelano pelas mãos da agricultura familiar e de cooperativas. O acordo com a empresa estatal Café Venezuela, intermediado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), foi concluído na sexta-feira (7). Em até dez dias, 1,5 mil toneladas de café produzidos em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo serão embarcadas no Porto de Santos (SP) para a Venezuela. O produto exportado renderá US$ 4,1 milhões aos produtores brasileiros.

O coordenador de Política Internacional do MDA, Laudemir Muller, explica que o curto prazo para o embarque se deve à demanda imediata por café manifestada pela Venezuela. “A remessa só não foi maior neste momento porque não havia disponibilidade de mais contêineres.”

O café será exportado pelas cooperativas Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), de Minas Gerais, de Cafeicultores e Agropecuaristas (Coocapec), de São Paulo, e dos Agricultores Familiares do Território do Caparaó (Coofaci), do Espírito Santo. Formada por agricultores familiares, a Coofaci conta com 107 associados. Na Cooxupé, a participação de agricultores familiares corresponde a 77% do quadro de 12 mil associados e na Coocapec, a 70% dos 1.900 associados.

O embarque de café é a primeira exportação da Coofaci. “Este acordo veio na hora certa”, comemora o presidente da Cooperativa, Paulo Fernandes. Ele lembra que as 4.800 sacas (cada uma com 60 quilos) que serão enviadas pela Coofaci à Venezuela superam o volume comercializado pela cooperativa ao longo de 2008. “Além disso, o preço obtido é, em média, 15% superior ao praticado no mercado interno”.

Os contatos que resultaram na exportação foram iniciados há duas semanas, por meio de um contato do Ministério da Agricultura da Venezuela com a Assessoria Internacional do MDA. Até a conclusão do acordo, o MDA intermediou duas rodadas de negociações entre cooperativas brasileiras e representantes da Café Venezuela.

“O bom relacionamento entre os dois ministérios contribuiu para a efetivação da negociação”, explica Laudemir Muller. O coordenador de Política Internacional do MDA lembra que, desde 2008, o Ministério apóia a implementação no país andino do Plano Nacional da Agricultura Familiar Comunal, que tem como objetivo ampliar a produção de alimentos, especialmente leite e hortaliças.

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