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Café: número de propriedades certificadas em Minas aumenta 19%

Certificação garante qualidade e amplia potencial de vendas


Certificação garante qualidade e amplia potencial de vendas
 
 A cafeicultura mineira teve mais um ano de resultados positivos, principalmente com as vendas externas, e o setor procura se fortalecer para exportar mais e atender ao mercado interno com produtos de qualidade. O número de propriedades cafeeiras aprovadas para certificação no Estado subiu para 1.438, um aumento de 19% em relação ao ano anterior, informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
 
Conforme explica o assessor especial de Café da Seapa, Níwton Castro Moraes, a certificação de propriedades cafeeiras é realizada por meio do Certifica Minas Café. “Trata-se de um Programa Estruturador do governo estadual, executado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e pela Emater-MG, instituições vinculadas à Secretaria, com o objetivo de possibilitar o crescimento da participação da produção nos mercados nacional e internacional”, diz Moraes.
 
A certificação atesta a conformidade das fazendas produtoras com as exigências do comércio mundial, possibilitando ao café mineiro consolidar sua posição e conquistar novos mercados. De acordo com o assessor, “a crescente adesão ao programa confirma o interesse dos produtores em introduzir nas lavouras as boas práticas recomendadas pelos técnicos, que resultam em safras maiores, de alta qualidade e, por isso, mais valorizadas, dentro de um processo produtivo com sustentabilidade ambiental, social e econômica.” Moraes explica que a Emater, em suas unidades que cobrem praticamente todo o Estado, faz o registro das propriedades interessadas e dá as orientações para a adequação às boas práticas. O IMA realiza as auditorias preliminares para checar os ajustes de acordo com os padrões internacionais. Concluindo o processo, uma certificadora de reconhecimento internacional faz a auditoria final e concede a certificação às propriedades aprovadas.

Qualidade comprovada
 
Para Marco Vale, gerente de Certificação do IMA, o sistema desenvolvido pelo Certifica Minas Café representa um diferencial de grande importância. “Com a certificação é possível comprovar a qualidade de todo o processo produtivo”, observa. “As propriedades integradas ao programa adotam práticas de produção que, além de possibilitar safras maiores e melhores, atendem às normas ambientais e trabalhistas”, enfatiza o gerente.
 
Atualmente, há propriedades certificadas em 211 municípios mineiros, ou seja, a cobertura é de 25% do mapa do Estado, acrescenta. As lavouras incluídas no programa estão localizadas em regiões tradicionais de café como a Zona da Mata, Cerrado, Sul e agora também na Chapada de Minas com a inclusão de Capelinha, além da região Norte, com propriedades em Rio Pardo e Taiobeiras.
 
Uma das características do Certifica Minas Café é a crescente inserção de pequenas propriedades. “A agricultura familiar já responde por 90% das fazendas de café no Estado e aquelas que ainda não obtiveram a certificação têm a oportunidade de aderir e assim ampliar as condições de comercialização do produto no mercado interno, além de participar das exportações”, explica Vale.
 
“As propriedades certificadas passam a integrar um cenário novo, pois aumenta o compromisso com a utilização de boas práticas de produção e de aperfeiçoamento da gestão do negócio”, acrescenta o gerente. “O conjunto de ações necessárias para obter e manter a certificação, além de melhorar a qualidade do produto, leva à redução de custos. Aumenta a aceitação do café de Minas no mercado interno e externo”, finaliza.
 
No quadro das exportações totais do Estado, o café fica atrás apenas do minério de ferro, posição confirmada em 2011. Entre janeiro e novembro deste ano, a receita das exportações mineiras de café alcançou US$ 5,2 bilhões, cifra 44,9% superior à registrada em idêntico período de 2010. Foi de 58,4% a participação do produto nas exportações totais do agronegócio nos onze meses, que atingiram US$ 8,9 bilhões.
 
Os negócios com café procedente de Minas Gerais, realizados exclusivamente em novembro de 2011, responderam por 61,7% da cifra total de US$ 1,0 bilhão obtida no mês pelos produtos agrícolas e pecuários do Estado. A cotação média do produto foi de U$ 5,1 mil a tonelada, valor 48,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
 
Liderança na produção
 
Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil. O Estado responde por 50,2% da safra nacional, pois a produção mineira prevista para este ano deve alcançar 22,1 milhões de sacas, segundo o IBGE. Os dez municípios que apresentam maior produção de café em Minas Gerais, segundo o IBGE, somam colheitas de 3,7 milhões de sacas, ou 16,9% da safra mineira de café. Esta é a relação: Patrocínio (alto Paranaíba), 523,9 mil sacas; Três Pontas (Sul de Minas), 444,0 mil sacas; Manhuaçu (Zona da Mata), 435,6 mil sacas; Monte Carmelo (Alto Paranaíba), 412,5 mil sacas; Nepomuceno, Carmo da Cachoeira e Boa Esperança (Sul de Minas), respectivamente 367,9 mil sacas, 360,0 mil sacas, e 320,0 mil sacas; Rio Paranaíba (Alto Paranaíba), 291,9 mil sacas; Nova Resende (Sul de Minas), 290,2 mil sacas; e Araguari (Triângulo), 288,4 mil sacas.

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