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Café Damasco fecha as portas após venda para multinacional

Segundo o Sindibebidas, a Sara Lee comprou apenas a marca Damasco, por R$ 100 milhões


Segundo o Sindibebidas, a Sara Lee comprou apenas a marca Damasco, por R$ 100 milhões

A fábrica do Café Damasco, localizada na BR-277, em Curitiba, será fechada. Na semana passada, todos os cerca de 150 funcionários da empresa receberam aviso prévio de demissão, e a partir da próxima segunda-feira a empresa começa a assinar as rescisões contratuais. As informações são do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas, Café e Alimentação de Curitiba e Região Metropolitana (Sindibebidas).

As demissões teriam acontecido poucos dias após o anúncio da venda do Café Damasco para a companhia norte-americana Sara Lee, líder no mercado de cafés no Brasil desde 2000 com as marcas Pilão e Caboclo. A transação foi divulgada em 29 de novembro. Segundo o Sindibebidas, a Sara Lee comprou apenas a marca Damasco, por R$ 100 milhões. Tanto a fábrica quanto os contratos de trabalho permaneceram com o antigo dono.

?Não pudemos fazer nada?, lamenta Antonio Sergio Farias, presidente do Sindibebidas-PR. ?Apenas conversamos com a direção (da empresa) para garantir que todos os demitidos serão indenizados. Quem vai pagar os trabalhadores é a própria Damasco?, explica. De acordo com o dirigente sindical, não há o risco de não pagamento de indenizações.

Contatada pela Gazeta do Povo, a Sara Lee apenas divulgou a seguinte
nota: ?Sara Lee Cafés do Brasil informa que, como parte da incorporação dos negócios da Café Damasco, concluiu os estudos de reestruturação do quadro de funcionários. A empresa oferecerá aos funcionários desligados o suporte necessário para auxiliá-los em sua recolocação no mercado de trabalho, sendo observadas todas as regulamentações e procedimentos locais exigidos?.

Tradicional marca paranaense, a Damasco é considerada a líder no setor de cafés na região Sul do Brasil, e a sétima maior torrefadora de café do país. Em 2010 a empresa completou 50 anos de existência.

Nos últimos três anos, a Damasco foi a segunda empresa paranaense do setor de bebidas a passar para as mãos de uma multinacional. Em 2007, a centenária Leão Júnior, dona da marca de chás Matte Leão, foi adquirida pela também norte-americana Coca-Cola.

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