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Cafeicultura debate nova modalidade de seguro para proteção de renda

O seguro teria ampla cobertura de intempéries


Novo modelo de seguro pretende proteger a renda do produtor na eventualidade de prejuízos gerados por adversidades climáticas, possibilitando que continuem na atividade
 
Nessa segunda-feira (23-01), o Conselho Nacional do Café (CNC), representado pelo presidente executivo Silas Brasileiro, e a Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), representada pelo presidente Breno Mesquita e pela assessora técnica Carolina Bazilli, reuniram-se com Edilson Alcântara, diretor do Departamento do Café (DCAF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para tratar de um novo modelo de seguro rural para a cafeicultura, apresentado pelo superintendente de seguros agrícolas, Gláucio Nogueira Toyama. Também estiveram presentes o diretor do Departamento da Cana de Açúcar e Agroenergia, Gerardo Fontelles, a coordenadora geral de Planejamento e Estratégias, Cláudia Marinelli, o coordenador geral de Apoio ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), Marconni Sobreira, além do presidente e o diretor do Sindicato Rural de Altinópolis (SP), Guilherme Vicentini e João Abrão, respectivamente.
 
De acordo com o presidente executivo do CNC, esse novo modelo de seguro para a cafeicultura almeja proteger a renda do produtor na eventualidade de prejuízos gerados por adversidades climáticas, possibilitando que continuem na atividade, uma vez que as modalidades hoje existentes cobrem somente a parte da lavoura afetada e não a receita que seria gerada com a produção. “Discutiu-se a implantação do seguro, inicialmente, a partir do estágio da lavoura com o chumbinho até a colheita. O seguro teria ampla cobertura de intempéries e a taxa a ser aplicada deverá respeitar as características das regiões produtoras, haja vista as diferenças climáticas existentes”, explica.
 
Silas Brasileiro anotou que a aplicação da taxa desse novo seguro também deve levar em conta a produtividade média de cada região, porém o cálculo atuário não incluirá a incidência de pragas e doenças, uma vez que não há como calcular com precisão o impacto que trazem à produção. Já a base dessa nova modalidade será o seguro agrícola convencional. “Temos que lembrar que a preocupação do Governo Federal é criar um seguro para manter o produtor na atividade quando da ocorrência de adversidades climáticas como o granizo, cuja incidência é pontual e, não havendo um seguro, o produtor não tem como continuar no campo. O objetivo, portanto, não é gerar lucro através dessa ferramenta”, pondera.
 
O presidente executivo do CNC conta que, após as apresentações sobre essa nova modalidade de seguro para a proteção da renda do cafeicultor, ficou convencionada uma nova reunião, da qual também deverão participar diretores de cooperativas, para definir a forma de aplicação da ferramenta, “de maneira que tenha a maior abrangência possível”.
 
CDPC — O secretário de Produção e Agroenergia do Mapa, Manoel Bertone, convocou, para a próxima quinta-feira (26/01), todos os segmentos da cadeia café para participarem de um encontro extraordinário, o qual marcará a retomada das reuniões do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC). “Esse encontro, que também contará com a presença do diretor Edilson Alcântara, foi uma sugestão nossa para a definição da agenda positiva do agronegócio café em 2012. Assim como fazemos no CNC, a intenção é ter um modelo positivo de condução do agronegócio café brasileiro, de maneira que já tenhamos definidas as datas das reuniões dos comitês e do CDPC como um todo. É preciso trabalhar em conjunto para alcançarmos os melhores caminhos para os Cafés do Brasil”, conclui Silas Brasileiro.

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