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Cafeicultura e suinocultura são setores mais críticos, diz Stephanes

No caso da carne suína, Stephanes deixou claro que o problema é o excesso de oferta


Brasília - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, afirmou ontem (15) que a suinocultura, junto com a cafeicultura praticada no sul de Minas Gerais, são os setores mais críticos e preocupantes ligados à sua pasta. No caso da carne suína, Stephanes deixou claro que o problema é o excesso de oferta.

“Se não se reduzir a oferta, não haverá solução possível em curto prazo”, disse o ministro, durante churrasco feito com 14 cortes de carne suína, na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O churrasco foi em comemoração à posse do novo diretor-presidente da estatal, Pedro Arraes, e teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Stephanes disse que há perspectivas de abertura de novos mercados, como a China, o Japão e a Rússia que, segundo ele, admitiu a possibilidade de aumentar as cotas para importação de carne de países que não os da União Europeia e os Estados Unidos, beneficiados com cotas específicas. Entretanto, o ministro ressaltou que os novos clientes internacionais devem levar de seis meses a dois anos para iniciar a compra de suínos do país.

De acordo com Stephanes, a influenza A (H1N1) – gripe suína – não influenciou as vendas da carne. “A exportação de suínos aumentou 6% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado”, disse o ministro. Para ele, o mercado interno é que precisa de um ajuste entre oferta e consumo.

Também é necessário divulgar melhor os cerca de 100 cortes de carne suína produzidos no país. “Hoje fizeram aqui 14 cortes, e efetivamente o churrasco suíno é mais gostoso do que o de carne de boi, porque a carne é mais macia, é saborosa. Efetivamente, o churrasco suíno é uma boa opção, e ainda não é conhecida pelo mercado”, comentou.

Em relação à cafeicultura, Stephanes disse que o problema está concentrado em cerca de 30% dos produtores, localizados no sul de Minas Gerais. Por causa da dificuldade em identificar os problemas, o ministro disse que tem procurado falar diretamente com os produtores. “Não falo mais com representantes. Falo com agricultores, desde a vida que ele levam até os problemas que enfrentam”.

O ministro reconheceu que as decisões sobre liberação de crédito e realização de leilões demoraram. Hoje, cerca de 10 mil contratos de opção de venda para 1 milhão de sacas de café arábica foram negociados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ao valor de R$ 950,15 cada. Com isso, os cafeicultores e as cooperativas que os adquiriram garantem a venda ao governo em 13 de novembro deste ano.

Na próxima quarta-feira (22), haverá mais três leilões para apoio à comercialização de mais 2 milhões de sacas de café. Stephanes adiantou que outras medidas devem ser tomadas para incentivar o setor. “Vamos estudar outras intervenções no mercado, talvez até aquisição de estoques, se for necessário,”

Edição: Nádia Franco

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