Cai participação de cooperativas do PR em vendas
"Em contrapartida, as revendas são impulsionadas por um processo de concentração"
Um estudo realizado pela consultoria Spark analisou o mercado de distribuição da região Centro-Sul do País e concluiu que existe uma tendência de queda na participação exclusiva de cooperativas do PR nas vendas de defensivos e sementes. De acordo com o gerente de relações com clientes da Spark, Renato Oliveira, no ano de 2017 a proporção do mercado que dividia desembolsos entre revendas e cooperativas era de 18% do total, equivalente a US$ 232 milhões.
No entanto, a partir de agora, ele explicou que esse número deve diminuir graças a um aumento do número de agricultores que diversifica suas compras entre revendas e cooperativas, em busca de melhores ofertas de produtos e serviços. “Cooperativas permanecem players importantes, por sua eficiência em capilaridade, relacionamento e força de recomendação ao produtor. Em contrapartida, as revendas são impulsionadas por um processo de concentração, fortalecido pelo suporte financeiro de grandes grupos e investidores”, assinala Oliveira.
“Mais do que nunca, as revendas buscam hoje, de maneira agressiva, ampliar sua cobertura nas diferentes regiões do País, ancoradas principalmente na captura de valor e na ampliação de serviços”, completa o especialista.
Oliveira adianta ainda que a pesquisa completa sobre o sistema de distribuição do Centro-Sul será divulgada este mês, com dados de todas as regiões agrícolas do País, como parte do levantamento BIP - Business Inteligence Panel, que a Spark realiza há mais de cinco anos. “Em linhas gerais, a pesquisa permite afirmar que a concorrência entre revendas e cooperativas tende a ser mais acirrada daqui para frente. Os dois lados terão grandes desafios, como ajustar sua oferta de acordo com a demanda dos produtores, reduzir e alocar estoques”, completa.
