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Califórnia busca prevenir destruição de palmeiras pela broca-do-coqueiro

Empresa e universidade buscam solução



A ISCA Tecnologias, que possui filial no Brasil, vai receber um investimento de US$ 300 mil para prevenir a broca-do-coqueiro de atacar palmeiras no Sul da Califórnia. A praga invasora chegou à região em 2011, vindo do México. A pesquisa será apoiada com recursos de US$ 150 mil da Fundação de Pesquisa de Alimentos e Agricultura, com o valor restante vindo de outras organizações como a Universidade da Califórnia em Riverside, a Comissão de Palmeiras da Califórnia e da própria empresa.

O temor na região é justificado em função de que o Vale de Coachella, na Califórnia, oferece 95% das palmeiras dos Estados Unidos. “Neste momento, não está na nossa área. Não estamos em pânico neste momento. Estamos trabalhando em termos de precaução”, disse Albert Keck, presidente da Hadley Date Gardens e diretor-executivo da Comissão de Palmeiras da Califórnia.

Keck está trabalhando com cientistas da Universidade da Califórnia, em Riverside, e a companhia ISCA Tecnologias para desenvolver formas de prevenção. A indústria de palmeiras produziu mais de 31 mil toneladas e gerou mais de US$ 46 milhões em vendas, de acordo com o Departamento da Agricultura dos Estados Unidos.

A praga deixa buracos nas folhas das palmeiras infectadas, depois as fêmeas deixam ovos nesses buracos e fecham com a cera. As larvas depois comem as palmeiras por dentro, normalmente na coroa da árvore. Uma infestação pode danificar a coroa e depois podem colapsar as árvores. “Se é possível manter a população para um mínimo, você pode manter a devastação baixa”, disse Sally Rockey, diretor-executivo da fundação de pesquisa.

Como parte do programa de prevenção, a Universidade da Califórnia e a ISCA Tecnologias desenvolveram uma fórmula química que atrai a broca. Serão cerca de 100 armadilhas no Vale a partir da primavera, disse o Dr. Mark Hoddle, diretor do Centro de Pesquisa em Espécies Invasoras. As armadilhas permitirão aos cientistas monitorar a presença dos insetos na região. Também ajudarão a conter e prevenir a peste de se espalhar.

Como segunda estratégia, os pesquisadores colocarão pequenas quantidades de cera contendo doses reduzidas, porém letais, de pesticida. “A praga provavelmente chegará em algum ponto, então teremos de estar preparados para essa eventualidade”, disse Hoddle.
 

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