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Câmara setorial da Avicultura comemora criação do Fuprisa

As estimativas são de que o setor avícula cresça 80% no estado do Mato Grosso do Sul


Com estimativas que o setor avícola cresça até 80% no Estado de Mato Grosso do Sul até 2008, a Câmara Setorial da Avicultura e Estrutiocultura da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), comemora a criação do Fundo Privado do Setor Avícola (Fuprisa).

O Secretário Executivo da Câmara, Rubens Flavio Mello Corrêa, revela que a criação do fundo era um dos maiores anseios do setor, e independente de sua criação, a avicultura do Estado comera um momento de franco crescimento. As empresas instaladas no Estado respondem por aproximadamente 10 mil empregos diretos e indiretos.

“A câmara setorial estava a mais de cinco anos trabalhando junto ao setor privado para a formatação deste projeto, e independente da criação do fundo, todas as empresa do setor no Estado apresentam projeção de crescimento, em abates e expansão, entre 50% e 80%”, comemora.

Formalizado no último dia 7 de agosto, o fundo aguarda agora a eleição do Conselho Deliberativo, na próxima sexta-feira (24). Os sete membros do fundo (Famasul, Iagro, Seprotur, SFA/MS, setor de Genética, Corte e Postura) definirão os nomes do diretor presidente e do secretário executivo do Fuprisa, que serão responsáveis pela gerência dos recursos do fundo.

Corrêa destaca que a criação do fundo obedece a uma exigência do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Um dos quesitos obrigatórios era que o fundo fosse alimentado, exclusivamente, pelo setor privado, sem recursos públicos.

“Sempre trabalhamos neste sentido, porque sabemos que um dos maiores empecilhos para o desenvolvimento do setor são as barreiras sanitárias”, explica, lembrando que as reuniões foram encampadas pelo setor privado, com apoio decisivo da Famasul.

“É importante observar que a manutenção do status sanitário do Estado, exigência dos importadores, é estratégia para o setor”, destaca Corrêa, lembrando que as empresas locais destinam 90% da produção ao mercado Externo.

Entre janeiro e julho, o setor ficou em terceiro lugar nas exportações estaduais, com faturamento de US$ 104,7 milhões, perdendo apenas para os embarques do setor de bovinos, incluído carnes e couros, (US$ 130,8 milhões), e complexo soja (US$ 359,09 milhões). “Analisando apenas as vendas de carnes, as exportações da avicultura lideram com folga”, comenta.

Recursos iniciais

De acordo com Corrêa, com base na definição dos valores para contribuição, de R$ 0,001 por cabeça abatida no caso dos frangos de corte, R$ 0,0025 para cada 100 ovos produzidos (produtores de ovos para o consumo) e R$ 0,001 por ave vendida ou abatida no caso dos produtores de ovos férteis de matrizes, a projeção mensal inicial de arrecadação deve oscilar entre R$ 20 mil a R$ 25 mil, já que o setor é muito dinâmico e, dependendo do que for sinalizado pelo mercado, no caso dos abates, o número pode variar de 400 a 500 mil aves dia em todo o Estado.

“Se o mercado exigir frangos mais pesados, o ciclo fica maior, consecutivamente, se reduz o abate diário, e vice versa”, explica, lembrando que os recursos do fundo devem garantir o pagamento aos avicultores no caso de abates por Newscastle e Influenza Aviária em Mato Grosso do Sul.

Conforme os dados apresentados pelo Departamento Técnico da Famasul, de janeiro a julho desse ano foram abatidos 73 milhões de animais. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 21,7%. Com base nos dados da Câmara Setorial, existem em Mato Grosso do Sul 750 produtores integrados de frango e 1.500 aviários.

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