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Caminhoneiros organizam nova greve

Paralisação geral é coordenada pela internet para começar no próximo sábado (30.03)


Em diversas articulações pela internet, movimentos de caminhoneiros de todo o País organizam uma nova greve geral para começar no próximo sábado dia 30 de Março de 2019. A reclamação, de acordo com fontes ouvidas pelo Agrolink, seria de que os principais compromissos assumidos pelo governo (ainda sob Michel Temer, no ano passado) não estão sendo cumpridos.

Até o momento o governo Bolsonaro apenas monitora a movimentação através do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Assim como na grande paralisação de 2018, os caminhoneiros também organizam a próxima greve através de mensagens de grupos do aplicativo WhatsApp, uma vez que não existe uma estrutura sindical e de confederações forte e hierarquizada no Brasil.

Segundo as mesmas fontes ouvidas pelo Agrolink, por enquanto ainda não existe nenhuma certeza e definição sobre a deflagração da nova paralisação. O governo Bolsonaro também evita qualquer manifestação sobre o assunto, mas admite que já trata das reivindicações: cumprimento do piso mínimo da tabela de frete, reajustes apenas mensais do preço do óleo diesel e estabelecimento de pontos de paradas e descanso para os transportadores.

Um ponto curioso é que, na greve do ano passado, a grande maioria dos caminhoneiros e dos simpatizantes à paralisação era amplamente favorável ao então candidato Jair Bolsonaro. A dúvida agora é saber como se comportariam os mesmos manifestantes durante a gestão do agora presidente da república, uma vez os cortes de estradas, fechamento de aeroportos e escassez extrema de combustíveis nos postos de gasolina provocou um verdadeiro caos – que se refletiu até mesmo do PIB (Produto Interno Bruto) do País.

Wallace Landim, presidente das associações Abrava e BrasCoop (que representam setores da classe de caminhoneiros), se reuniu na semana passada com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o secretário executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio. De acordo com Landim, Bolsonaro teria se comprometido a dar uma definição nessa semana sobre os pedidos dos caminhoneiros.

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