O segmento de cafés especiais, explorado com maior intensidade há três anos no País, cresce a taxas de 20% ao ano no Brasil, e já movimenta negócios de R$ 200 milhões por ano. São 100 diferentes marcas de cafés tipo "gourmet" comercializadas em supermercados, cafeterias, bares e restaurantes.
Os cafés gourmets são feitos com 100% de grãos arábicas, variedade de melhor qualidade, predominante no Brasil. "Os cafés especiais respondem atualmente por 300 mil das 13 milhões de sacas consumidas todo ano no País. O volume tende a triplicar nos próximos três anos", diz Nathan Herszcwicz, diretor executivo da Associação Brasileira da Industria do Café (Abic). O estado de São Paulo, que responde por 60%, do consumo brasileiro de café gourmet, realiza a partir desta semana a quarta edição da "Campanha Sabor da Colheita do Café", organizada por meio de parceira entre a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, com o apoio da Câmara Setorial do Café, do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé-SP) e da Associação Brasileira da Alta Gastronomia (Abaga).
A campanha - com duração de 20 dias - faz parte das ações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento no sentido de melhorar a qualidade dos produtos agropecuários do estado, entre eles o café. O objetivo da campanha é valorizar a produção do café de alta qualidade, com agregação de valor e, consequentemente, aumento da renda da cadeia produtiva.
Exportações paulistas
O estado de São Paulo é o terceiro maior produtor nacional de café, atrás de Minas Gerais e do Espírito Santo, e responde hoje por 12% da oferta brasileira.
Além disso, o estado se destaca como principal centro consumidor da bebida, absorvendo cerca de 40% do produto industrializado, e é o principal exportador de grão verde do País, por meio do Porto de Santos, que responde por mais de 50% dos embarques nacionais.
Na avaliação de Duarte Nogueira, secretário de agricultura do estado, o agronegócio café faz parte das prioridades da secretaria e continua sendo uma importante ferramenta para o desenvolvimento social e econômico.