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Cana: Para Raízen adiar o início da safra 14/15 é muito arriscado

Expectativa é de que haja uma quebra na safra entre 5 a 10%


A TV UDOP entrevistou o vice-presidente da Raízen, Pedro Mizutani sobre as perspectivas de safra do grupo para a temporada 2014/15, que deve começar já na primeira quinzena de abril nas usinas Raízen.

Segundo Mizutani, as condições climáticas desfavoráveis desde setembro do ano passado em algumas regiões, impactaram nas perspectivas da atual safra. "A expectativa é de que haja uma quebra entre 5 a 10%, isso já está precificado, eu acho que tem regiões cujas perdas ficarão em 10 a 12%, e em outras não teremos perdas, como é o caso de Goiás que teve boa chuva. Piracicaba, por exemplo, sofreu bastante, com perdas estimadas em 10%. Na média acho que podemos contar com perdas de 5 a 10% mesmo", destacou Mizutani.

O vice-presidente da Raízen, no entanto, destacou que as principais preocupações hoje estão com as possíveis chuvas de maio e junho. "A maior preocupação nossa não é com o clima, pois graças a Deus voltou a chover em março, menos do que deveria, mas choveu, mas é com relação às chuvas que podem vir em maio ou junho, onde teremos cana, mas não teremos tempo suficiente para moer esta cana. Se realmente isso acontecer os preços do açúcar e do etanol vão explodir", explicou.

Sobre a possibilidade de o início da safra ser retardado, Mizutani disse acreditar ser muito arriscado o adiamento, "se você tivesse certeza que o tempo ia ser normal, sem chuvas no período de safra, você poderia atrasar até 20 dias uma safra, mas acho muito arriscado, pois a probabilidade de El Niño aumentou bastante, e se você tiver El Niño vai ser uma safra chuvosa".

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