Cana mais concentrada em açúcar, porém com menor produtividade
As colhedoras continuam trabalhando continuamente aproveitando o período seco
A expectativa da safra de cana-de-açúcar para este ano, segundo as últimas projeções, é de aumento. As colhedoras continuam trabalhando continuamente aproveitando o período seco. E se falando em período seco, o problema das queimadas tem se agravado e provocado preocupação constante dos produtores independentes de cana. Nessa época, a atenção é redobrada para evitar queima do canavial e perda de qualidade do produto.
Atualmente, o ATR (Açúcar Total Recuperável) tem sido mais alto devido à maior concentração em sacarose, porém, com menor produtividade por hectare em decorrência da seca, uma coisa tem compensado a outra.
Em Goiás, o mix continua maior para etanol, apesar dos preços compensadores de açúcar no mercado interno e externo. Para esta safra, a projeção do mix é de 70% para etanol e 30% para açúcar, isso devido ao mercado de etanol, principalmente em Goiás, no Tocantins, no Distrito Federal e em alguns Estados do Nordeste.
O etanol, apesar do aumento nos últimos dois meses, ainda é compensativo em Goiás e em mais 13 Estados brasileiros, mas mesmo assim, os números mostram uma leve queda no consumo em todo país. Com a expectativa do aumento dos preços da gasolina, com a elevação de preços do petróleo, acredita-se que o consumo de etanol irá novamente ultrapassar o consumo do combustível fóssil. O preço médio do litro vendido ao consumidor na capital goiana é de R$ 1,35, um aumento de 17,39% se comparado ao período que era vendido em média a R$ 1,15/litro.
O preço do ATR acumulado fechou o mês de agosto em R$ 0,3475, preço praticamente estável já que em julho fechou em R$ 0,3477 o quilograma. Já referente ao ATR mensal, foi observado uma alta de 3,4% em relação a julho, fechando em R$ 0,3489. O custo operacional efetivo médio de produção de cana-de-açúcar alta tecnologia, no mês de agosto, apesar da alta dos insumos, praticamente se manteve estável, fechando em R$ 40,02 a tonelada, 0,4% maior que o valor verificado em julho. O custo total de implantação fechou em R$ 41,71 por tonelada. Os gastos com a colheita ainda estão caros, principalmente em decorrência do aumento dos fretes. Em média, os gastos com corte, carregamento (CC), estão custando ao produtor R$ 12/ton e transporte (T) tem ficado em R$ 7/ton num raio de até 25 quilômetros, gerando um custo total de CCT de R$ 19/ton, aumento de quase 12% se comparado aos últimos dois meses, fato este que tem preocupado grandemente o produtor independente de cana.
O açúcar considerando a boa concentração de sacarose da cana e elevação do ATR tem remunerado em média 60% a mais que o etanol e isso permite que a cana entregue em agosto pelos produtores seja paga em média a R$ 45,60 por tonelada, 4,8% maior que o valor pago em julho. Se as usinas produzissem apenas açúcar, com os preços atuais de mercado poderiam pagar até R$ 53 por tonelada de cana. A remuneração das usinas com as vendas do hidratado permitem o pagamento, no entanto, de R$ 39,90 por tonelada. Uma usina com mix de produção de açúcar e etanol remunerou em média, no mês de agosto, R$ 45,60 por tonelada.
No mês de agosto, dos nove produtos da cana-de-açúcar, o ABMI (Açúcar Branco Mercado Interno) voltou ao maior posto e fechou com o maior valor, R$ 0,4308 kg/ATR, em segundo ficou o ABME (Açúcar Branco Mercado Externo) com R$ 0,4282 o quilo de ATR. O EAI (Etanol Anidro Mercado Interno) foi o hidrocarboneto com maior valor de ATR fechando em R$ 0,3461/kg. Segundo o índice ESALQ/CEPEA para Goiás, o preço médio de faturamento do açúcar fechou agosto valendo R$ 761,40 a tonelada (+3,76%) e o etanol R$ 888,17 o metro cúbico (+7,75%).
O preço do açúcar no mercado interno disparou no mês de agosto e o preço médio índice ESALQ/SP fechou o mês de agosto valendo R$ 49,43 a saca de 50 quilos (com impostos), valor 22,5% maior relativo ao fechamento do mês de julho, variação bem acima do verificado de junho a julho (1,22%). O mercado internacional do açúcar continua em alta e os preços do produto no mercado futuro também dispararam, chegando à casa dos vinte centavos por libra peso. Os problemas de logística ainda persistem. Chuvas no litoral e excesso de navios nos portos ainda provocam filas e atrasos no embarque do açúcar.
Os preços do etanol continuam em boa recuperação de preços. O anidro teve aumento de 4,6% em relação a julho, fechando em R$ 0,9636 o litro e 16% maior que o valor verificado no mesmo mês de 2009. No índice Goiás, o aumento foi de 7,5% fechando em R$ 0,9737 o litro. Já o hidratado também aumentou de preços no mercado paulista e fechou em R$ 0,8368, valor 5,3% maior que o fechamento de julho. O valor de fechamento em Goiás foi de R$ 0,7061 o litro, 6,3% maior comparado ao fechamento de julho. O mercado futuro sinaliza a tendência de preços do açúcar para os próximos meses que é de mais aumento. Os preços do etanol também devem aumentar um pouco mais com a proximidade do término da safra para fim de novembro. Os custos de produção devem também aumentar com a visível elevação dos preços dos insumos agrícolas e os preços recebidos pelos produtores devem também ter pequena melhora com os melhores preços de açúcar e etanol.
Atualmente, o ATR (Açúcar Total Recuperável) tem sido mais alto devido à maior concentração em sacarose, porém, com menor produtividade por hectare em decorrência da seca, uma coisa tem compensado a outra.
Em Goiás, o mix continua maior para etanol, apesar dos preços compensadores de açúcar no mercado interno e externo. Para esta safra, a projeção do mix é de 70% para etanol e 30% para açúcar, isso devido ao mercado de etanol, principalmente em Goiás, no Tocantins, no Distrito Federal e em alguns Estados do Nordeste.
O etanol, apesar do aumento nos últimos dois meses, ainda é compensativo em Goiás e em mais 13 Estados brasileiros, mas mesmo assim, os números mostram uma leve queda no consumo em todo país. Com a expectativa do aumento dos preços da gasolina, com a elevação de preços do petróleo, acredita-se que o consumo de etanol irá novamente ultrapassar o consumo do combustível fóssil. O preço médio do litro vendido ao consumidor na capital goiana é de R$ 1,35, um aumento de 17,39% se comparado ao período que era vendido em média a R$ 1,15/litro.
O preço do ATR acumulado fechou o mês de agosto em R$ 0,3475, preço praticamente estável já que em julho fechou em R$ 0,3477 o quilograma. Já referente ao ATR mensal, foi observado uma alta de 3,4% em relação a julho, fechando em R$ 0,3489. O custo operacional efetivo médio de produção de cana-de-açúcar alta tecnologia, no mês de agosto, apesar da alta dos insumos, praticamente se manteve estável, fechando em R$ 40,02 a tonelada, 0,4% maior que o valor verificado em julho. O custo total de implantação fechou em R$ 41,71 por tonelada. Os gastos com a colheita ainda estão caros, principalmente em decorrência do aumento dos fretes. Em média, os gastos com corte, carregamento (CC), estão custando ao produtor R$ 12/ton e transporte (T) tem ficado em R$ 7/ton num raio de até 25 quilômetros, gerando um custo total de CCT de R$ 19/ton, aumento de quase 12% se comparado aos últimos dois meses, fato este que tem preocupado grandemente o produtor independente de cana.
O açúcar considerando a boa concentração de sacarose da cana e elevação do ATR tem remunerado em média 60% a mais que o etanol e isso permite que a cana entregue em agosto pelos produtores seja paga em média a R$ 45,60 por tonelada, 4,8% maior que o valor pago em julho. Se as usinas produzissem apenas açúcar, com os preços atuais de mercado poderiam pagar até R$ 53 por tonelada de cana. A remuneração das usinas com as vendas do hidratado permitem o pagamento, no entanto, de R$ 39,90 por tonelada. Uma usina com mix de produção de açúcar e etanol remunerou em média, no mês de agosto, R$ 45,60 por tonelada.
No mês de agosto, dos nove produtos da cana-de-açúcar, o ABMI (Açúcar Branco Mercado Interno) voltou ao maior posto e fechou com o maior valor, R$ 0,4308 kg/ATR, em segundo ficou o ABME (Açúcar Branco Mercado Externo) com R$ 0,4282 o quilo de ATR. O EAI (Etanol Anidro Mercado Interno) foi o hidrocarboneto com maior valor de ATR fechando em R$ 0,3461/kg. Segundo o índice ESALQ/CEPEA para Goiás, o preço médio de faturamento do açúcar fechou agosto valendo R$ 761,40 a tonelada (+3,76%) e o etanol R$ 888,17 o metro cúbico (+7,75%).
O preço do açúcar no mercado interno disparou no mês de agosto e o preço médio índice ESALQ/SP fechou o mês de agosto valendo R$ 49,43 a saca de 50 quilos (com impostos), valor 22,5% maior relativo ao fechamento do mês de julho, variação bem acima do verificado de junho a julho (1,22%). O mercado internacional do açúcar continua em alta e os preços do produto no mercado futuro também dispararam, chegando à casa dos vinte centavos por libra peso. Os problemas de logística ainda persistem. Chuvas no litoral e excesso de navios nos portos ainda provocam filas e atrasos no embarque do açúcar.
Os preços do etanol continuam em boa recuperação de preços. O anidro teve aumento de 4,6% em relação a julho, fechando em R$ 0,9636 o litro e 16% maior que o valor verificado no mesmo mês de 2009. No índice Goiás, o aumento foi de 7,5% fechando em R$ 0,9737 o litro. Já o hidratado também aumentou de preços no mercado paulista e fechou em R$ 0,8368, valor 5,3% maior que o fechamento de julho. O valor de fechamento em Goiás foi de R$ 0,7061 o litro, 6,3% maior comparado ao fechamento de julho. O mercado futuro sinaliza a tendência de preços do açúcar para os próximos meses que é de mais aumento. Os preços do etanol também devem aumentar um pouco mais com a proximidade do término da safra para fim de novembro. Os custos de produção devem também aumentar com a visível elevação dos preços dos insumos agrícolas e os preços recebidos pelos produtores devem também ter pequena melhora com os melhores preços de açúcar e etanol.
Mês/Safra |
ATR mensal |
ATR acumulado |
Acumulado R$* |
Mar/2008 | 0,2628 | 0,2449 | 33,93 |
Abr/09 ** | 0,2978 | 0,2978 | 36,32 |
Mai | 0,2802 | 0,2874 | 35,18 |
Jun | 0,2749 | 0,2828 | 34,49 |
Jul | 0,2993 | 0,2869 | 34,99 |
Ago | 0,3084 | 0,2913 | 35,53 |
Set | 0,3375 | 0,2996 | 36,54 |
Out | 0,3676 | 0,3102 | 37,84 |
Nov | 0,3744 | 0,3185 | 38,85 |
Dez | 0,3886 | 0,3267 | 39,85 |
Jan/10 | 0,4391 | 0,3380 | 41,23 |
Fev/10 | 0,4726 | 0,34,82 | 50,14 |
Mar/10 | 0,4307 | 0,3492 | 50,28 |
Abr/10*** | 0,3888 | 0,3888 | 50,54 |
Mai | 0,3486 | 0,3696 | 48,05 |
Jun | 0,3253 | 0,3528 | 45,86 |
Jul | 0,3374 | 0,3477 | 45,20 |
Ago | 0,3489 | 0,3475 | 45,18 |
* Considerando o ATR médio de 130 kg/ton de cana - valor médio recebido pelos fornecedores de cana-de-açúcar.
** Início da safra 2009/2010
*** Início da safra 2010/2011
** Início da safra 2009/2010
*** Início da safra 2010/2011
AÇÚCAR CRISTAL | ETANOL ANIDRO | ETANOL HIDRATADO | ||||||||
Mês | sc/ 50Kg (R$) | US$ | Mês | Valor (R$) | US$ | Mês | Valor (R$) | US$ | ||
SÃO PAULO | 1,72 | SÃO PAULO | 1,72 | SÃO PAULO | 1,72 | |||||
Ago/10 | 46,31 | Ago/10 | 0,9663 | Ago/10 | 0,8368 | |||||
GOIÁS | GOIÁS | GOIÁS | ||||||||
Ago/10 | 49,43 | 1,72 | Ago/10 | 0,9737 | 1,72 | Ago/10 | 0,7061 | 1,72 | ||
Valor com imposto | Valor sem imposto | Valor sem imposto |
Fonte: CEPEA/ESALQ
A análise de mercado de cana-de-açúcar e derivados é realizada mensalmente pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).
Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos: Edson Alves Novaes
Responsável técnico: Alexandro Alves dos Santos
Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos: Edson Alves Novaes
Responsável técnico: Alexandro Alves dos Santos