As pesquisas sobre a expansão da doença da vaca louca no Canadá foram aceleradas nesta quinta-feira, após inspetores lacrarem outras fazendas e mais países proibirem a importação de carne bovina canadense. A crise fez com que oficiais colocassem nove fazendas em quarentena, duas delas próximas a Saskatchewan, possível local de nascimento da vaca que apresentou a doença.
Inspetores ainda não encontraram outros casos do mal da vaca louca, afirmou Claude Lavigne, da Agência de Inspeção de Alimentos Canadense, após a indústria de carne bovina do país ter quase parado. "O avanço nas investigações está focado agora na confirmação do local de nascimento e no histórico das práticas alimentares e das fontes animais da ração da vaca que apresentou a doença", disse ele.
Apesar dos esforços no rastreamento e das garantias ressaltadas pelos oficiais de saúde e políticos de que a carne não está infectada, Rússia, Cingapura e Indonésia, seguindo o exemplo de outros países, proibiram temporariamente as importações dos carregamentos canadenses.
O Departamento de Agricultura norte-americano informou que a quarentena dos rebanhos canadenses não atingem os Estados Unidos. Além disso, a indústria de carne bovina dos EUA mostrou sinais de recuperação nos negócios, como sempre acontece no período das festividades do feriado norte-americano Memorial Day. "As pessoas estão se sentindo melhor com a situação. O mercado doméstico parece estar estável", disse Nancy Robinson, da Associação do Mercado de Criação de Animais.
No Canadá, empresários da indústria de carne bovina e exportadores têm tido um prejuízo de pelo menos 8 milhões de dólares por dia nos rendimentos desde da proibição das importações de produtos canadenses, disse Ted Haney, presidente da Federação Canadense de Exportação de Carne Bovina.