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Plantadeira com tecnologia brasileira

Cultura tem grande potencial para a produção de óleo e biocombustíveis


Foto: Pixabay

A canola não existe na natureza. Foi criada na década de 60, no Canadá, da Colza, planta que serve para produção de óleo e biodiesel. O nome é uma abreviação de canadian oil, low acid (“óleo canadense de baixa acidez”). Ou seja, o óleo de colza (Brassica napus) virou “canola” por puro marketing.

No Brasil ainda não tem muito espaço. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na safra 20/21 devem ser colhidas 32 mil toneladas, uma queda de 33% em relação à safra passada. O maior produtor é o Rio Grande do Sul, com 31 mil toneladas. O restante é produzido no Paraná. Atualmente o Brasil é um grande importador de óleo de canola. 

A oleaginosa de inverno é usada na produção de óleo de cozinha e tem destaque na produção de biocombustível, como o biodiesel e o bioquerosene, além do farelo que resulta da extração e pode ser usado como alimentação animal por ter 38% de proteína.

O maior produtor e exportador mundial é justamente o Canadá. Em mais de 18 milhões de hectares, produz cerca de 20 milhões de toneladas anualmente. Um grande grupo local, desenvolvedor de tecnologias agrícolas voltadas para o plantio, o Clean Seed Capital Group, acaba de lançar uma plantadeira com tecnologia brasileira. 

A SMART Seeder MAX-S, voltada para a semeadura precisa, usa o dosador de semente da goiana J.Assy, sediada em Caldas Novas. O dosador pneumático permite melhor espaçamento entre sementes e melhor distribuição. Os dosadores testados pela canadense precisavam de 3 quilos de semente por hectare. Com o brasileiro a necessidade foi reduzida para a metade, 1.5 kg/ha. 

Segundo o fundador da empresa brasileira, José Roberto Assy, isso foi possível pela precisão do equipamento, que permite melhor distribuição e, por isso, diminui o volume de sementes, trazendo redução de custos ao produtor. “Percebemos que poderíamos criar um kit para plantar canola no dosador de sementes, que já é muito eficiente no plantio de algodão, milho, soja, sorgo e feijão. Avaliamos os plantios de canola e percebemos que tinha oportunidade ali. Além disso, a cultura tem uma semente muito cara e com uma distribuição mais eficiente se economiza muito mais”, disse.

Além do kit para canola do Selenium, a J.Assy também prepara para o ano que vem o lançamento de sensores para as semeadoras canadenses. O objetivo é também adequar as soluções para o plantio de trigo canadense.
 

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