Canadenses seguem neutros quanto aos transgênicos

A avaliação das atitudes dos consumidores em relação aos cultivos geneticamente modificados é realizada há mais de 20 anos, e os resultados mostram uma aceitação cada vez maior. Um estudo recente encontrou uma redução de 80% nas postagens de mídia social relacionadas a culturas GM e uma cobertura mais equilibrada na mídia convencional.

Os autores desta pesquisa indicam que ambas as formas de mídia podem estar desenvolvendo visões mais favoráveis das culturas GM e da biotecnologia. Mas é este o caso quando se trata do consumidor canadense e sua comida? Suas preocupações mudaram desde que os primeiros produtos OGM foram aprovados na década de 1990?

Para ter uma noção das atitudes e percepções em relação aos produtos alimentícios geneticamente modificados, Oswaldo Vásquez pesquisou consumidores canadenses por sua pesquisa de mestrado. No total, coletou 497 respostas de pesquisa em inglês em 2018, de consumidores canadenses. Os resultados indicaram que nutrição (64%), preço (57%) e sabor (55%) foram os três principais fatores. Além disso, os entrevistados foram questionados sobre seu nível de confiança no sistema de segurança alimentar do Canadá, dos quais 97% expressaram confiança.

Embora haja confiança na segurança alimentar, quando se trata de conhecimento sobre tecnologias de alimentos, mais da metade dos entrevistados se classificaram como muito pobres ou ruins em genética (50%), melhoramento de plantas (56%) e edição de genoma (72%). Embora o conhecimento sobre edição do genoma fosse limitado, os entrevistados acreditavam fortemente que a tecnologia poderia aumentar os valores nutricionais dos alimentos (56%), desenvolver culturas mais resistentes a insetos (53%) e reduzir os resíduos de pesticidas nos alimentos (49%).