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Canavieiros administrarão Catende a fim de receber passivo financeiro

O dirigente denuncia que os últimos pagamentos foram realizados com cheque sem fundo


Produtores de cana, que fornecem matéria prima à Usina Catende e ainda não receberam pelo produto ofertado nesta safra, decidem administrar a unidade. A iniciativa foi a última medida encontrada pelos canavieiros, com o objetivo de não paralisar a moagem da massa falida e receber a respectiva dívida, que chega à aproximadamente R$ 1 milhão. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (1), durante reunião na Câmara dos Vereadores de Catende. Dirigentes das entidades de classe dos produtores de cana e representantes do Governo do Estado participaram do encontro. E também membros da Cooperativa que representa os trabalhadores da Catende e do Sindicato dos funcionários da usina.


Além dos produtores, representados pela Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindcape), a Usina será administrada pelo gestor da Massa Falida, Carlos Ferreira, e a Infinity Agroindustrial, empresa que possui contrato de parceria agroindustrial com a mesma. Dessa forma, a Usina será administrada coletivamente por dois representantes de cada parte.

A medida foi tomada porque os produtores de cana não acreditam mais nas promessas de pagamento feita pelo responsável da massa falida. “Esse gestor não cumpri com os acordos”, diz o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima. O dirigente denuncia que os últimos pagamentos foram realizados com cheque sem fundo. Com o acordo, toda venda, compra e pagamento dos fornecedores de cana e custos relacionados à manutenção da usina e pagamento dos trabalhadores passa a ser administrado pela parceria.


Entretanto, segundo o acordo, 30% de toda a produção serão exclusivamente direcionadas ao pagamento do débito com os produtores de cana. “A massa falida ficou responsável de elaborar relação com nome do fornecedor, quantidade da cana que ainda não foi paga, bem como a qualidade da cana (ATR) e o valor do passivo”, diz Andrade Lima. Ele ressalta que a usina tem até o dia 17 de dezembro para convocar os credores com o objetivo de anunciar o planejamento de liquidação deste passivo. Conforme o acordo, a parceria entre as partes é válida apenas para a moagem desta safra.

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