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Caprinovinocultores da Bahia viajam para Nova Zelândia

Eles vão observar e registrar práticas de integração das cadeias produtivas, além de técnicas de produção adotadas no país


Eles vão observar e registrar práticas de integração das cadeias produtivas, além de técnicas de produção adotadas no país que tem uma área geográfica equivalente à metade da Bahia

Salvador - Esta semana, o presidente da Cooperativa dos Empreendedores Rurais de Cacimba do Silva e Região, Márcio Irivan, esteve no Sebrae, em Juazeiro (BA), para buscar uma declaração e justificar a ausência na escola onde estuda, durante os próximos dias. O criador de caprinos e ovinos é um dos 12 integrantes da missão brasileira que viaja neste sábado (21) para a Nova Zelândia para conhecer o modelo da ovinocultura de corte e leite praticada naquele país.


Os participantes da missão representam redes empresariais de produtores e frigoríficos que atuam na Bahia. Na Nova Zelândia, eles vão observar e registrar práticas de integração das cadeias produtivas, além de técnicas de produção adotadas no país, cuja extensão territorial equivale à metade da Bahia, possui 7% da produção mundial de carnes ovinas, mas controla 51% do comércio mundial de cordeiros.

A missão internacional é uma das ações do Programa de Fortalecimento da Atividade Empresarial (Progredir), desenvolvido pelo Sebrae, governo do estado, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID).

“Essa viagem é uma grande oportunidade para que os nossos produtores analisem as melhores práticas neozelandesas e conheçam referências para a estruturação da cadeia produtiva, por meio de ações de acesso a mercado, cooperação, governança, certificação de produtos, gestão, inovação e estratégias de marketing”, diz o coordenador do Progredir no Sebrae, Júlio Chompanidis.

O Sebrae está enviando a gestora de projetos da unidade de Juazeiro, Audeni Aquino, como representante da instituição nessa missão internacional. Ano passado, o gestor Robério Araújo participou da primeira viagem a Nova Zelândia e trouxe boas experiências. “Nós não buscamos semelhanças entre os negócios, porque são realidades diferentes, mas podemos entender como a profissionalização da cadeia é imprescindível para qualquer modelo de produção”, justifica.


Entre as atividades na Nova Zelândia, estão visitas a propriedades rurais, empresas de planejamento e design de plantas frigoríficas, de produção genética, frigoríficos, escolas, universidades e destinos turísticos ligados à cadeia produtiva de ovinos. O grupo sai do Brasil neste sábado, 21, e retorna no dia 29.

Experiências como essa foram determinantes para o retorno do produtor Márcio Irivan à escola, depois de 25 anos sem estudar. Este ano, ele conclui o nono ano do ensino fundamental e tem o prazer de dividir a sala com o filho mais velho. “O mercado exige conhecimento e eu não posso ficar pra trás”, diz o produtor.

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