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Carne: Alta acumulada de 27,37% em Cuiabá/MT

Segundo mercado varejista preços oscilam constantemente


Segundo mercado varejista preços oscilam constantemente, para mais ou para menos, mas a inflação reflete a oferta reduzida de bovinos 

O final de ano está chegando com aumento de preços para o consumidor cuiabano, no setor de alimentos. Em um período de apenas quatro meses – agosto a dezembro deste ano - os preços médios da carne bovina para o consumidor, na gôndola dos supermercados, acumulam alta de 27,37% em 11 cortes pesquisados pelo Diário nas principais redes de supermercados de Cuiabá. Todos os cortes, (filé, contra-filé, picanha, alcatra, coxão mole, coxão duro, patinho, lagarto, músculo e costela), registraram alta no varejo. A média de preços entre os cortes pesquisados, no período, passou de R$ 13,48 para R$ 17,17. O corte com o menor percentual de alta foi o coxão mole (7,14%), vendido ao preço médio de R$ 14,99.

Os cortes que registraram as maiores altas foram filé (47,84%) e picanha (30,96%), cujos preços saltaram de R$ 22,99 para R$ 33,99 e de R$ 22,90 para R$ 29,99, respectivamente. A pesquisa aponta ainda que a paleta sofreu majoração de 22,24%, saindo de R$ 8,99 para R$ 10,99.

O contra-filé e a alcatra tiveram alta de 17,65% (passaram de R$ 16,99 para R$ 19,99), seguido do patinho (15,18%), coxão duro (12,39%), costela (12,08%), músculo (9,89%), lagarto (8,34%) e, coxão mole, 7,14%. A picanha é o segundo corte mais caro, sendo vendido por R$ 29,99/Kg. (Veja quadro com detalhes)

A alegação do varejo para a alta é a “oferta reduzida” de carnes por parte dos pecuaristas e fornecedores. “Saímos de uma grande estiagem e somente agora é que as pastagens estão começando a se recuperar”, explicou o vice-presidente da Associação dos Supermercadistas do Estado (Asmat), Altair Magalhães. Ele disse que os preços devem se manter estáveis no final do ano, mas a partir de janeiro devem começar a entrar em queda. “Já estamos observando um movimento de baixa”, afirmou Magalhães, que é sócio-proprietário da rede de supermercados Modelo.

Segundo ele, um detalhe pouco observado pela população é que os preços sofrem oscilações diárias – para mais ou para menos – de acordo com o volume de oferta dos fornecedores. “A alta no varejo ocorre momentaneamente, quando os fornecedores decidem mexer nos preços. A margem de lucro dos supermercados é sempre a mesma e o setor não aumentou a sua rentabilidade com a venda de carne ao longo do ano”, garante o supermercadista.

Outro detalhe citado por Magalhães é que 70% das carnes vendidas nos supermercados sempre estão em promoção. “Os preços que hoje estão fixados na gôndola podem ser outro amanhã, pois os supermercados estão constantemente fazendo promoções para determinados cortes. Não podemos considerar pesquisas momentâneas como parâmetro de preços, que variam de um dia para outro”.

O empresário acredita que com a chegada de novos concorrentes no mercado, haverá mais promoções de preços – tanto para carnes quanto para verduras – e o consumidor sairá ganhando.

OFERTA – Os pecuaristas admitem que a oferta de gado diminuiu nos últimos meses, em Mato Grosso, porém, não há falta de estoque para atender ao mercado.

A arroba do boi gordo comercializado, em Mato Grosso, iniciou a semana com preço médio da arroba fixado R$ 93,43/arroba, registrando uma queda na variação em relação à semana anterior de 3,94%. De acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a vaca gorda iniciou a semana com uma desvalorização de R$ 4,60/arroba, sendo cotada com preço médio de R$ 85,89/arroba na semana.

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