Carne de frango: disponibilidade aparente indica queda no consumo per capita
As exportações do produto voltaram a apresentar resultado positivo isto se refletiu na oferta aparente do produto no mercado interno
E como, em setembro, as exportações do produto voltaram a apresentar resultado positivo - 5,41% de acréscimo em relação a setembro/15 e o melhor resultado do terceiro trimestre – isto se refletiu na oferta aparente do produto no mercado interno, que apresentou forte regressão (-11,11%) e, pela segunda vez nos últimos 12 meses, ficou abaixo das 700 mil toneladas.
À primeira vista, a possível redução de oferta não se refletiu na comercialização do produto, pois o frango vivo (base: mercados paulista e mineiro) percorreu setembro com a mesma estabilidade de preços iniciada em agosto.
No entanto, isso não ocorreu com o frango abatido que, pelo contrário, experimentou valorização em relação a agosto, ao mesmo tempo em que obtinha, nominalmente, os melhores preços do ano e de todos os tempos. Aliás, comparativamente a julho passado, enquanto a oferta interna recuou 15%, o preço do frango abatido (base: produto resfriado no Grande Atacado da cidade de São Paulo) experimentou incremento de 16%.
Uma vez que no bimestre agosto/setembro o volume produzido caiu significativamente em relação ao mesmo período de 2015, os nove primeiros meses do ano foram fechados com um incremento de produção inferior a 2%. E uma vez que nesse período as exportações aumentaram mais de 6%, o resultado final, para o mercado interno, é um volume ligeiramente menor (-0,02%) que o disponibilizado entre janeiro e setembro do ano passado.
Já no acumulado dos últimos 12 meses prevalece ligeira expansão, inferior a meio por cento. Embora esse resultado seja positivo, em termos reais (isto é, considerado o crescimento vegetativo da população) torna-se negativo, configurando redução no consumo per capita do produto.