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Carne de frango: tendências de produção, exportação e oferta interna no ano

As projeções efetuadas pela APINCO indicam que, pela primeira vez, a produção brasileira de carne de frango recuou em relação ao ano passado.


 As projeções efetuadas pela APINCO a partir da produção de pintos de corte indicam que, pela primeira vez – não apenas no ano ou em 12 meses, mas nos últimos 25 meses -, a produção brasileira de carne de frango recuou em relação ao mesmo mês do ano passado. E a queda, neste caso, foi significativa, de 5,5%.

Como, no mês, as exportações de carne de frango voltaram a apresentar retração pela segunda vez consecutiva, o efeito dessa redução sobre a disponibilidade interna sofreu ligeira diluição. Mesmo assim, a oferta aparente apresentou recuo também significativo, com queda de quase 6% em relação tanto ao mesmo mês do ano passado quanto ao mês anterior, ocasião em que redução de quase 20% nas exportações ocasionou aumento de mais de 16% na oferta interna. 

Em decorrência do recuo observado em agosto, o índice de evolução da produção acumulada no ano apresentou baixa. Pois enquanto o primeiro semestre foi encerrado com incremento próximo de 4,5%, o total dos primeiros oito meses de 2016 apresenta aumento inferior a 3%.

Pena, somente, que as exportações não tenham mantido o ritmo observado no primeiro semestre, período encerrado com um aumento de 14% sobre o mesmo semestre de 2015. Assim, como efeito dos retrocessos observados no primeiro bimestre do corrente semestre, o total exportado em oito meses apresenta incremento de não mais que 6% sobre idêntico período do ano passado.

Isso, é claro, se refletiu na disponibilidade interna (aparente) do produto. Dessa forma, enquanto o primeiro semestre foi encerrado com volume menos de meio por cento superior ao dos mesmos seis meses de 2015, agora, em oito meses, esse incremento subiu para mais de 1%.

Projetando-se para a totalidade do ano os resultados acumulados até agosto, a produção irá aumentar cerca de 1,8%, ficando em torno de 13,785 milhões de toneladas. As exportações terão incremento próximo de 4,5%, alcançando 4,412 milhões de toneladas; e a disponibilidade interna aparente ficará em torno de 9,370 milhões de toneladas, meio por cento a mais que em 2015.

É provável, no entanto, que o incremento da produção fique aquém do índice ora apontado, enquanto as exportações tendem a uma expansão ligeiramente maior. Neste caso, a oferta interna terá crescimento nominal e real negativo.

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